Mercados

Ibovespa fecha em queda com fiscal, na contramão de NY; dólar fica estável a R$ 5,67

07 nov 2024, 18:18 - atualizado em 07 nov 2024, 18:28
Banco Central, Agenda, Economia, Mercados, Brasil, EUA, PCE, PIB, Temporada de Balanços, Payroll
O Ibovespa perdeu os 129 mil pontos com rumores de corte nos gastos públicos menor do que o esperado pelo mercado; em Nova York, S&P 500 e Nasdaq renovaram recordes de fechamento pelo 2º dia consecutivo (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) estendeu as perdas pelo segundo dia consecutivo e seguiu na contramão do tom positivo dos índices de Nova York. A expectativa pelo anúncio de corte nos gastos públicos continuou a concentrar as atenções dos investidores e a drenar o apetite ao risco por ativos domésticos.

Nesta quinta-feira (7), o principal índice da bolsa brasileira caiu 0,51%, aos 129.681,70 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,6753 (-0,01%). 

No dia seguinte à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central — que elevou a Selic a 10,25% ao ano —, a reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto foi o principal foco de atenção do mercado.

Durante o pregão, o Ibovespa acelerou as perdas com rumores de que o pacote de corte nos gastos públicos pode ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões. A notícia foi negada pelo ministério da Fazenda.

A pasta econômica afirmou que “não procedem” as informações veiculadas pela imprensa sobre a suposta análise de duas medidas fiscais. “É importante ressaltar que tal informação não corresponde ao que vem sendo debatido entre a equipe econômica, demais ministérios e a Presidência da República”, afirma a nota.

O mercado espera um pacote mais robusto. Segundo a mediana da Projeções Broadcast, a expectativa é de um corte de R$ 25,5 bilhões nas despesas do governo.

A decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve de cortar os juros norte-americanos para a faixa de 4,50% a 4,75% ao ano não impactou o mercado acionário brasileiro.

Altas e quedas da bolsa 

Entre os ativos negociados na B3, as ações de Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, despencou mais de 12% na bolsa brasileira, mesmo com os resultados do terceiro trimestre acimas das expectativas.

O movimento de forte baixa foi atribuído a uma realização dos ganhos recentes. Próximo ao fechamento do pregão, GUAR3 acumula alta de quase 32% desde janeiro.

Pelo mesmo motivo, Petz (PETZ3) liderou a ponta negativa. As ações da varejista caíram mais de 13%.

Já na ponta positiva do Ibovespa, Vale (VALE3) recuperou as perdas da véspera e foi a ação com melhor desempenho do índice, com salto de mais de 4% durante a sessão. A mineradora acompanhou o desempenho do minério de ferro.

O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com alta de 2,11%, a 799,5 yuans (o equivalente a US$ 111,56) a tonelada, — o maior valor desde 16 de outubro.

Gerdau (GGBR4) também figurou entre as maiores altas com apoio da commodity, estendendo os ganhos da véspera.

Entre os pesos-pesados do Ibovespa, Petrobras (PETR4;PETR3) acompanhou o desempenho do petróleo e avançou quase 1%.

Exterior 

Nos Estados Unidos, o destaque do dia foi a decisão unânime do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve. O Banco Central norte-americano cortou 25 pontos-base, trazendo as taxas de juros a faixa de 4,50% a 4,75% ao ano — como o esperado pelo mercado.

“A atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido”, disse o comunicado da decisão.

Em coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que não há sinais no cenário econômico que indiquem que o BC tem de ter pressa para alcançar o patamar dos juros neutros. “Acreditamos que, mesmo com o corte de hoje, a política ainda é restritiva.”

Ele também disse que o resultado das eleições presidenciais não tem efeito sobre as decisões de política monetária no curto prazo.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +0,74%, aos 5.973,10 pontos; 
  • Dow Jones: 0,00%, aos 43.729,34 pontos;
  • Nasdaq: +1,51%, aos 19.269,46 pontos.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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