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Ibovespa hoje tem pregão morno, mas semana pré-carnaval será quente; veja o que está no radar

13 fev 2023, 7:49 - atualizado em 13 fev 2023, 7:49
Ibovespa deve ter pregão morno nesta segunda-feira (13), mas semana que antecede o carnaval será quente (Arte: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) inicia a semana que antecede o carnaval de olho no que está por vir. Enquanto lá fora os mercados globais aguardam os dados de inflação nos Estados Unidos, amanhã, aqui, a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na quinta-feira (16) rouba a cena.

Com isso, o pregão do Ibovespa nesta segunda-feira (13) deve ser morno. Mas a agitação deve contagiar os investidores à medida que a folia se aproxima. Afinal, a semana promete ser quente. Inicialmente, o foco dos mercados está no índice de preços ao consumidor nos EUA (CPI).

Vale lembrar que os números do CPI abalaram os negócios com ações em 2022 e a leitura do indicador nesta terça-feira (14) não deve ser diferente. O resultado de janeiro pode fornecer mais pistas sobre quando o Federal Reserve irá interromper o ciclo de aperto dos juros e se conseguirá conduzir a economia dos EUA a um “pouso suave”.

Portanto, o dado pode calibrar as apostas de uma taxa terminal nos EUA acima de 5%. A expectativa é de aceleração mensal, inclusive no núcleo que exclui itens voláteis, após revisões para cima nos números de 2022. Portanto, o resultado efetivo do CPI em janeiro é uma incógnita, o que refreia o comportamento dos ativos de risco lá fora nesta manhã.

Ibovespa entre BC e Lula 

Ao mesmo tempo, o Ibovespa mantém o radar no ambiente doméstico. A temporada de resultados ganha força nesta semana, com destaque para o balanço da Vale (VALE3), na quinta-feira. Neste dia, porém, o foco estará na reunião do CMN

Os mercados locais continuam sensíveis ao debate em torno das metas de inflação. O tema deve ser colocado em pauta no primeiro encontro deste ano do CMN, que reúne os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.  

Ele, porém, que carrega no nome o peso do avô, sinalizou que estaria cansado de falhar na missão ano após ano. O mercado, então, ficou desamparado com o rumor de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria o apoio do próprio comandante do BC para mudar a meta deste ano de 3,25% para 3,50%. 

Afinal, a discussão sobre rever o alvo perseguido pela autoridade monetária é, acima de tudo, uma questão de expectativas do mercado. Com isso, os investidores se preparam para o que pode acontecer se houver uma mudança e esperam que qualquer decisão sobre as metas de inflação venha à tona o quanto antes.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h40:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,16%; o do S&P 500 oscilava com -0,05% e o Nasdaq tinha alta de 0,18%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; nos ADRs, o da Vale caía 0,18% e o da Petrobras tinha queda de 0,26%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,32%; a bolsa de Frankfurt avançava 0,24%; a de Paris ganhava 0,54% e a de Londres tinha alta de 0,26%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em baixa de 0,88%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, caiu 0,12%; mas a Bolsa de Xangai subiu 0,72%;

Câmbio: o índice DXY subia 0,09%, 103.72 pontos; o euro tinha leve baixa de 0,07%, a US$ 1,0672; a libra perdia 0,17%, a US$ 1,2039; o dólar subia 0,87% ante o iene, a 132,54 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,735%, de 3,738% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,545%, de 4,511% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro caía 0,30%, a US$ 1.868,70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 1,39%, a US$ 78,61 o barril; o do petróleo Brent tinha queda de 1,30%, a US$ 85,27 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou em baixa de 0,87% em Dalian (China), a 853 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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