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Ibovespa (IBOV) abre em alta, no patamar dos 146 mil pontos; 5 coisas para saber nesta sexta (19)

19 set 2025, 10:19 - atualizado em 19 set 2025, 10:56
ações ibovespa
O Ibovespa abriu o pregão desta sexta-feira (19) em alta, com agenda esvaziada (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (19) no positivo, em dia de agenda esvaziada passado o foco do mercado na Super Quarta — que ocorreu dentro do esperado.

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Por volta de 10h15, o principal índice da bolsa brasileira avançava 0,58%, aos 146.350,24 pontos. Na véspera, mesmo operando boa parte do pregão em queda, o IBOV sustentou o patamar dos 145 mil pontos.

No entanto, por volta de 10h46, o índice perdeu os 146 mil pontos, com avanço de 0,17%, aos 145.752,05.



dólar à vista operava em alta por volta do mesmo horário, com avanço de 0,15%, a R$ 5,3210.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta-feira (19)

1 – Após juros, agenda esvaziada

Passada a expectativa pela Super Quarta, o dia do anúncio das decisões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos e a repercussão do mercado, a sexta-feira é de agenda esvaziada.

Na véspera, o Ibovespa encerrou o pregão praticamente estável, após três dias consecutivos de alta que haviam acompanhado o início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos.

O analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, destaca que o movimento foi influenciado pelos detalhes do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom).

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“A retirada da expressão ‘continuação na interrupção do ciclo de alta de juros’ eliminou a referência que ainda associava o Banco Central a um ciclo de aperto monetário, mesmo que interrompido. É verdade que o mercado nunca acreditou em uma retomada da alta, mas a mera presença da frase transmitia um viés contracionista adicional”, pondera Spiess.

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Apesar dessa mudança, o analista pontua que a autoridade monetária manteve a menção de que os juros permanecerão no atual patamar por um “período prolongado”, além de conservar suas projeções de inflação para 2026 e para o primeiro trimestre de 2027, resultando em uma percepção de comunicado com viés duro, que levou a um ajuste nos preços dos ativos no pregão da quinta-feira (18).

2 – Banco do Brasil (BBAS3)

Banco do Brasil (BBAS3) é uma das queridinhas de investidores e passou por grande desvalorização em meio à queda de lucros e a piora do agronegócio.

Com todas as incertezas, como queda da rentabilidade e dos dividendos, vender pode ser um bom negócio? Não para o maior investidor pessoa física da Bolsa, Luiz Barsi.

Com o papel no bolso há décadas, Barsi recorda que essa não é a primeira crise por qual passou o BB.

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Em 1994, a estatal chegou a ficar muito próxima de quebrar, sendo salva por uma subscrição por meio de bônus patrocinado pelo governo.

“Hoje, a estrutura funcional do banco é diferente. Existem mecanismos que impedem a repetição daqueles erros. Por isso, considero que o Banco do Brasil é um papel que pode ser comprado”, explica.

As falas ocorreram durante o AGF, em São Paulo.

3 – Bradesco (BBDC4)

Bradesco (BBDC4) anunciou nesta quinta-feira (18) o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor total de R$ 3 bilhões, sendo R$ 0,27014 por ação ordinária e R$ 0,2971 por ação preferencial.

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Terão direito ao benefício os acionistas inscritos nos registros em 29 de setembro, passando a ser negociadas “ex-juros” intermediários a partir de 30 de setembro.

O pagamento ocorrerá até 30 de abril de 2026 pelo valor líquido de R$ 0,2296 por ação ordinária e R$ 0,2525 por ação preferencial, já deduzido o Imposto de Renda (IR) na fonte de 15%, exceto para os acionistas isentos.

4 – B3 (B3SA3)

O conselho de administração da B3 (B3SA3) aprovou a distribuição de juros sobre capital próprios (JCP) aos acionistas no valor de R$ 402,5 milhões, equivalentes ao valor bruto de R$ 0,0778, mostra comunicado enviado ao mercado na quinta-feira (18).

Como há incidência de Imposto de Renda na Fonte no caso de pagamento de JCP, com alíquota de 15%, o valor líquido por ação será de R$ 0,0661, considerando o número de ações em circulação em 29 de agosto de 2025.

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Terão direito aos juros sobre o capital próprio aqueles com posição acionária na companhia em 23 de setembro de 2025. A partir do dia seguinte, as negociações ocorrerão “ex-direito” ao JCP. O pagamento está marcado para o dia 7 de outubro.

Também na quinta-feira, a B3 informou ao mercado que fechou a compra de 60% do capital social da Central de Registro de Direitos Creditórios (CRDC), empresa especializada em prover serviços de tecnologia para agentes do setor de concessão de crédito, que também opera como infraestrutura de mercado.

Segundo o documento, a aquisição prevê o desembolso de R$ 15 milhões na data de fechamento da operação, com a possibilidade de exercer opção de compra do percentual remanescente do capital social a partir de 2030, a depender do atingimento de determinadas metas.

Além disso, está entre os acordos uma parceria de longo prazo entre B3, CRDC e ACSP (Associação Comercial de São Paulo), que continuará detendo participação na CRDC. De acordo com a companhia, o objetivo é fortalecer os produtos e serviços oferecidos pela CRDC e B3.

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5 – Brasil contra tarifas

Documentos registrados sob a Lei de Registro de Agentes Estrangeiros revelaram a representação do governo do Brasil pela Arnold & Porter, depois que o país contratou o escritório de advocacia norte-americano no mês passado para enfrentar um possível desafio legal às tarifas do governo Trump.

O governo brasileiro espera pagar ao Arnold & Porter até US$ 3,5 milhões nos próximos 48 meses pelo trabalho, disse o escritório em um registro na semana passada.

A equipe para o Brasil inclui o sócio de finanças internacionais Eli Whitney Debevoise II, que é ex-diretor executivo do Banco Mundial nos Estados Unidos, e Gregory Harrington, chefe da prática de finanças soberanas da empresa, segundo registros adicionais.

Os documentos da Arnold & Porter disseram que o escritório está representando o Brasil em assuntos relacionados a “sanções administrativas e medidas similares aplicadas pelo governo dos EUA”.

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*Com informações da Reuters 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.