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Ibovespa (IBOV) abre em queda, com Oriente Médio e fiscal no radar: 5 coisas para saber antes de investir hoje (16)

16 abr 2024, 10:15 - atualizado em 16 abr 2024, 10:15
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Conflito no Oriente Médio, petróleo e meta fiscal abalam o Ibovespa nesta terça-feira. (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (16) em queda, recuando 0,88%, a 124.229,25 pontos, por volta das 10h14.

No último pregão, o Ibovespa fechou no vermelho, apesar das altas de Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3).

Para hoje, os mercados seguem de olho nos desdobramentos da tensão no Oriente Médio, devido à preocupação com o impacto no petróleo. Já por aqui, pesa também as mudanças na meta fiscal.



O dólar abriu em alta frente ao real nesta terça-feira, estendendo os ganhos depois de na véspera já ter atingido um pico de encerramento em mais de um ano, com investidores ainda repercutindo temores sobre o Federal Reserve, as tensões no Oriente Médio e a saúde fiscal do Brasil.

Day Trade:

Radar do Mercado:

5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta terça (16)

Tensão em Israel começa a pesar no mercado

A falta de um noticiário econômico mais forte deu espaço para a tensão no Oriente Médio dominar o humor dos mercados. Ontem à noite, o exército de Israel atacou o Hezbollah, no Líbano, após sofrer ataques por drones do Irã.

Além disso, o chefe das forças armadas israelense, Herzi Halevi, prometeu atacar o Irã — que ameaçou que “responderia em alguns segundos” as retaliações que sofresse.  Agora, os investidores acompanham atentos ao desenrolar do conflito.

O temor é de que a escalada da guerra afete os preços do petróleo alimentos, o que levaria a um aumento da inflação global e a um balde de água fria para os bancos centrais que estão se preparando para iniciar o seu afrouxamento monetário.

Matheus Spiess, estrategista da Empiricus, destaca que prevalece a expectativa de que a resposta de Israel seja moderada.

“Por conta disso, nesta manhã, os preços do petróleo registraram queda, aliviados também pela redução das preocupações com a segurança no fornecimento. Esse sentimento eclipsou os dados positivos sobre o crescimento econômico chinês no primeiro trimestre e as vendas robustas no varejo dos EUA recentemente reportadas. Uma perturbação significativa na produção ou no transporte de petróleo seria necessária para que os preços atingissem novamente a marca de US$ 100 por barril, cenário que, por enquanto, parece improvável. Contudo, ainda aguardamos para ver como Israel irá reagir ao ataque do Irã”, afirma.

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Confiança fiscal em Haddad vai pelo ralo

Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou mudanças na meta fiscal de ano que vem. Segundo ele, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que será encaminhado ao Congresso, prevê déficit primário zero.

Vale lembrar que nas regras do arcabouço fiscal, aprovado no ano passado, determinam m superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, com intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para cima ou para baixo.

Com isso, a confiança do mercado no fiscal foi para o ralo. Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, destaca que a intensa revisão da trajetória da meta, denota que o compromisso firmado há pouco tempo, questionado pelos analistas, e bancado pelo governo, foi adiado.

Além disso, com a revisão, o governo propõe compromisso quase R$ 150 bilhões mais frouxo para 2025 e 2026. Assim, a velocidade de ajuste nas contas públicas proposta no arcabouço pode ser observada na trajetória de meta apenas a partir de 2027, ou seja, no próximo governo.

“Para agravar a situação, o governo se vale de projeções macroeconômicas para traçar os cenários completamente fora do esperado pelo mercado, mas também incoerente por si só”, afirma.

Relatório Focus: Economistas reduzem projeção de inflação

Os economistas ouvidos pelo Banco Central optaram por revisar as projeções de inflação para este ano, enquanto não chegam novos dados econômicos.

Segundo o Relatório Focus, as expectativas de alta nos preços para 2024 passaram de 3,76% para 3,71%. Já para 2025, a projeção do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram elevadas de 3,53% para 3,56%. Os demais anos permanecem as mesmas projeções de 3,50%.

Vale lembrar que a previsão de inflação dentro do teto da meta: as metas de inflação para 2024 e 2025 são de 3% conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Já a Selic deve encerrar o ano em 9,13%, ante os 9%. Para 2025, 2026 e 2027, a projeção é de que a taxa básica de juros se mantenha em 8,50% ao ano.

O Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,90% para 1,95% em 2024, enquanto as expectativas para os próximos anos seguem em 2%. Além disso, a projeção para o dólar passou de R$ 4,95 para R$ 4,97.

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Justiça derruba decisão que suspendia Sergio Rezende do conselho da Petrobras (PETR4)

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidiu suspender efeitos de decisão judicial anterior que havia suspendido Sérgio Machado Rezende do exercício do cargo de conselheiro da Petrobras (PETR4), conforme documento visto pela Reuters.

Com a decisão, Rezende fica liberado para participar de uma próxima reunião do conselho de administração da companhia.

JPMorgan compra ações da Casas Bahia (BHIA3)

JPMorgan elevou participação acionária na Casas Bahia (BHIA3) para 5,10%, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (15).

Ainda segundo o comunicado, o banco adquiriu um total de 581,086 ações e participação em instrumentos derivativos referenciados em um total de 333.975 ações ordinárias da companhia.

“Dessa forma, com base no capital social da companhia representado por 95 milhões de ações ordinárias, a participação do grupo econômico do JP Morgan em ações aumentou para 5,10% e em instrumentos derivativos aumentou para 5,07% do total das ações ordinárias emitidas pela companhia”, informou.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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