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Ibovespa (IBOV): Bolsa está ainda mais atrativa após queda recente; veja ações que estão no radar do BofA

04 out 2023, 15:01 - atualizado em 04 out 2023, 15:01
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Ibovespa: Valuations na bolsa brasileira estão ainda mais atrativos após correção recente (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) ainda não deu sinais da aguardada arrancada pós-ciclo de flexibilização dos juros locais. O índice tenta se recuperar nesta quarta-feira (4), após dois pregões de forte queda, mas opera no patamar dos 113 mil pontos.

Após a última decisão do Federal Reserve (Fed), em que foi mantida a taxa de referência de juros dos Estados Unidos em 5,25-5,50%, os mercados reajustaram as apostas. Isso porque o comunicado divulgado junto com a decisão trouxe um tom mais duro, sinalizando patamares elevados por mais tempo.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, conforme o esperado. No entanto, a leitura do comunicado descarta a possibilidade de um ritmo de redução ainda mais agressivo, de 0,75 ponto percentual, que chegou a ser levantado por agentes financeiros.

Analistas entendem que houve uma piora da percepção de risco, não apenas no ambiente externo, como também no cenário local.

“No Brasil, investidores continuam discutindo o impacto de propostas de tributação, [o ambiente] fiscal e revisões baixistas para os resultados”, levanta o Bank of America (BofA), em relatório da semana.

Apesar do movimento atual de maior aversão a ativos de risco, a instituição continua “overweight” com o Brasil. Para o BofA, o impacto positivo de taxas de juros menores no país foi apenas adiado.

“Um direcionador-chave provavelmente deve ser a estabilização das taxas globais”, avalia. Enquanto isso, o principal fator de risco são as potenciais mudanças tributárias, que podem afetar principalmente varejistas.

Com o sell-off do mês passado, o BofA reconhece que os valuations estão ainda mais atrativos e estuda potencialmente aumentar exposição nos próximos meses, a depender da visibilidade no ambiente global.

Atualmente, a única exposição que o BofA tem à bolsa brasileira é Assaí (ASAI3), visto que se beneficia com o movimento dos juros e tem ainda no radar a possível manutenção de crescimento da inflação de alimentos.

“Carteira BofA”

O portfólio do BofA com ações brasileiras teve algumas mudanças. Copel (CPLE6) foi excluída da carteira, dando espaço para a Sabesp (SBSP3) em meio a expectativas de privatização.

Houve ainda uma troca entre construtoras, com a saída de MRV (MRVE3) e a adição de Cury (CURY3) por acreditar que o panorama de resultados no médio prazo se fortaleceu.

O BofA continua gostando de nomes orientados pelos juros, como empresas do setor financeiro, de saúde, transportes, shoppings e utilidades básicas.

“Continuamos com alocação ‘marketweight’ para Vale (VALE3) e temos uma visão positiva para nomes de óleo e gás”, completa o banco.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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