Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) hoje desafia feriado e agenda cheia para seguir em alta

28 abr 2023, 8:04 - atualizado em 28 abr 2023, 8:04
Ibovespa tenta manter tendência de alta hoje, em dia de agenda cheia e véspera de fim de semana prolongado (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) pode ter dificuldades em manter a tendência de alta nesta sexta-feira (28), véspera de fim de semana prolongado. O feriado pelo Dia do Trabalhador logo no início do mês que vem tende a enxugar a liquidez dos negócios ao longo do dia. 

Ainda mais porque Nova York funciona normalmente na próxima segunda-feira (1º). Por lá, o bom balanço de algumas poucas, porém grandes empresas dos Estados Unidos – as chamadas big techs garante uma dinâmica mais positiva das bolsas

Nesta manhã, porém, as ações de empresas do setor amanheceram no vermelho, após divulgar resultados. Em termos econômicos, é grande a expectativa pelo dado de inflação preferido do Federal Reserve, o chamado PCE.

Após o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, divulgado ontem, ficar abaixo das expectativas, o índice de preços de gastos com consumo deve calibrar as apostas em relação à reunião do Fed na semana que vem. Por ora, o cenário é nebuloso.

Afinal, os números sugerem uma desaceleração da economia norte-americana, porém com uma inflação ainda elevada. Assim, os indicadores econômicos ainda estão mistos e esses sinais precisam ser monitorados.

Ibovespa tem agenda cheia antes do feriado

Por aqui, a agenda do dia também está carregada. Dados de emprego (Pnad), atividade (IBC-Br) e sobre as contas públicas também tendem a trazer mais clareza em relação a quando o Comitê de Política Monetária (Copom) deve começar a cortar a taxa Selic

Os investidores até se animaram ontem com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou a cobrança de IRPJ e CSLL sobre benefícios fiscais do ICMS. A medida deve ser confirmada nos próximos dias pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pode render R$ 90 bilhões em reoneração aos cofres públicos.

Diante do desconforto dos mercados com gastos do governo acima do esperado e arrecadação aquém das expectativas, a decisão do Judiciário pode enfraquecer o sinal de alerta sobre a capacidade de ajuste fiscal, abrindo caminho para o Copom agir. Afinal,  a medida representa uma boa parcela do necessário para cumprir as metas de zerar o déficit fiscal neste ano.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h55:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,38%; o do S&P 500 tinha baixa de 0,39% e o Nasdaq caía 0,27%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale cediam 0,56%, enquanto os da Petrobras avançavam 1,65%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,33%; a bolsa de Frankfurt tinha queda de 0,32%, a de Paris cedia 0,77%, enquanto a de Londres recuava 0,26%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 1,40%, enquanto na China, a Bolsa de Hong Kong subiu 0,27% e a de Xangai teve alta de 1,14%, antes do feriado prolongado;

Câmbio: o índice DXY subia 0,46%, 101.97 pontos; o euro caía 0,40%, a US$ 1,0987; a libra tinha baixa de 0,27%, a US$ 1,2464; o dólar subia 1,52% ante o iene, a 136,04 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,477%, de 3,525% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,044%, de 4,072% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro caía 0,33%, a US$ 1.992,60 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 0,37%, a US$ 75,04 o barril; o do petróleo Brent tinha alta de 0,50%, a US$ 78,61 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em baixa de 0,83% em Dalian (China), a 715 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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