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Ibovespa (IBOV) hoje dividido entre PIB chinês e arcabouço fiscal; balanços nos EUA definem o dia?

18 abr 2023, 7:53 - atualizado em 18 abr 2023, 7:53
Ibovespa deve ter pregão volátil hoje, dividido entre dados da China e expectativa pelo novo arcabouço fiscal; balanços nos EUA definem? (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) deve ter um pregão volátil nesta terça-feira (18), dividido entre a expectativa e a realidade. De um lado, os dados econômicos na China impulsionam as commodities metálicas, em meio à forte queda do dólar no exterior. De outro, o atraso no envio da proposta do novo arcabouço fiscal ao Congresso pede cautela. 

Primeiro, as boas notícias. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 4,5% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se do ritmo mais rápido desde o ano passado, diante do fim da estratégia de Covid Zero. Aliás, a abertura dos dados mostra que a retomada foi impulsionada pelo consumo doméstico.

As vendas no varejo chinês saltaram 10,6% em março em base anual, à medida que as pessoas se aglomeraram em shoppings e restaurantes depois que as duras restrições contra a covid-19 foram removidas. Já a produção industrial ficou para trás e cresceu 3,9% no mesmo tipo de comparação. 

Além disso, os investimentos em infraestrutura e outros projetos (ativos fixos) cresceram 5,1% nos três primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, a reação dos mercados internacionais é tímida. Até as bolsas asiáticas fecharam de forma mista.  

Ibovespa à espera do novo arcabouço

Mas essa nem é a má notícia do dia. O fator negativo para o Ibovespa hoje vem ainda da véspera. Pegou mal o adiamento da entrega das regras do governo que irão substituir o teto de gastos. Era para ter sido ontem e ficou para esta terça-feira. Essa demora gera apreensão quanto a eventuais mudanças no texto. 

Aliás, ao que tudo indica o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua equipe devem mesmo fazer alterações de última hora. A ideia seria reforçar o compromisso do governo com as contas públicas e dificultar alterações. Mas o efeito foi reverso. O temor é de que estaria em curso uma tentativa de flexibilizar a regra e elevar as despesas.  

Balanços nos EUA definem o jogo

No entanto, ainda que o noticiário local traga certo desconforto, o PIB da China tende a beneficiar os ativos locais, em especial às ações da Vale (VALE 3) e siderúrgicas. O balizador para o dia, então, vai depender dos resultados dos grandes bancos dos Estados Unidos. Antes da abertura do pregão em Wall Street, Goldman Sachs e Bank of America (BofA) publicam seus números trimestrais. 

Após resultados surpreendentes de Citigroup, JPMorgan e Wells Fargo, a expectativa é de que os “bancões” deem continuidade ao melhor início de temporada de balanços nos EUA em mais de uma década. Essa aposta sustenta os índices futuros das bolsas de Nova York em alta firme, sinalizando uma direção positiva. Quem sabe, então, os números do setor financeiro nos EUA não se comparem aos da segunda maior economia do mundo e definam o rumo para o dia? A conferir. 

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h45:

EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,30%; o do S&P 500 tinha alta de 0,37% e o Nasdaq crescia 0,62%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale subiam 0,19%, enquanto os da Petrobras recuavam 0,99%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,38%; a bolsa de Frankfurt crescia 0,52%, a de Paris tinha alta 0,49%, enquanto a de Londres subia 0,22%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 0,51%, enquanto na China, a Bolsa de Hong Kong caiu 0,63%, mas a de Xangai cresceu 0,23%;

Câmbio: o índice DXY tinha queda de 0,41%, 101.68 pontos; o euro subia 0,42%, a US$ 1,0975; a libra tinha alta de 0,53%, a US$ 1,2441; o dólar caía 0,34% ante o iene, a 134,04 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,586%, de 3,606% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,173%, de 4,203% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 0,46%, a US$ 2.016,30 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI oscilava com -0,04%, a US$ 80,79 o barril; o do petróleo Brent tinha -0,04%, a US$ 84,73 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em alta de 2,21% em Dalian (China), a 785 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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