Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) hoje tenta seguir na contramão e cravar quarta alta seguida

13 abr 2023, 7:57 - atualizado em 13 abr 2023, 8:01
Ibovespa tenta seguir na contramão dos mercados internacionais e cravar quarta alta seguida, em meio às chances de corte na Selic em breve (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) tenta cravar hoje (13) a quarta alta consecutiva, em meio à melhora do ambiente local. A maior previsibilidade trazida pelo novo arcabouço fiscal somada à desaceleração da inflação tornam a dinâmica doméstica mais positiva em relação aos mercados internacionais

Afinal, lá fora, os riscos de recessão prevalecem. O próprio Federal Reserve alertou ontem (12) para uma “retração leve” da economia dos Estados Unidos ainda no fim deste ano e, mesmo assim, parece optar por seguir com a alta dos juros

Porém, ao  que tudo indica, o ciclo de aperto conduzido pelo Fed está muito perto do fim. Até cabe um novo aumento de 0,25 ponto porcentual (pp) em maio, já que o índice de preços ao consumidor (CPI) mostrou que a inflação nos EUA segue em nível elevado.

Ibovespa surfa na onda local

Por aqui, a taxa Selic em 13,75% está com os dias contados. Se não em junho, os cortes devem ter início em agosto, mas se viesse já no mês que vem quem iria reclamar? 

Seja como for, até lá, os investidores devem antecipar esse movimento por parte do Copom, retirando prêmios da curva de juros futuros e elevando o apetite por risco. E se as incertezas nos EUA podem azedar o humor, sinais de recuperação da China devem manter o ritmo dos ativos locais.

Portanto, o Ibovespa deve seguir na contramão dos mercados globais, reduzindo a defasagem ante os pares no exterior, em meio à percepção de que a bolsa está barata. Aliás, há quem diga que o Brasil está barato, o que deve derrubar o dólar ainda mais, depois de encerrar ontem abaixo de R$ 5,00 pela primeira vez em dez meses

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h45:

EUA: o futuro do Dow Jones oscilava em baixa de 0,03%; o do S&P 500 tinha leve alta de 0,08% e o Nasdaq subia 0,22%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) subia 0,51% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale avançavam 0,12%, enquanto os da Petrobras disparavam 1,79%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,18%; a bolsa de Frankfurt caía 0,12%, a de Paris ganhava 0,89% e a de Londres estava estável;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 0,26%, enquanto na China, a Bolsa de Hong Kong subiu 0,17%, mas a de Xangai recuou 0,27%;

Câmbio: o índice DXY tinha baixa de 0,17%, 101.32 pontos; o euro subia 0,24%, a US$ 1,1019; a libra tinha alta de 0,18%, a US$ 1,2508; o dólar tinha leve alta de 0,09% ante o iene, a 133,28 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,434%, de 3,401% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,983%, de 3,970% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 0,79%, a US$ 2.041,00 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI recuava 0,46%, a US$ 82,88 o barril; o do petróleo Brent caía 0,54%, a US$ 86,86 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em queda de 2,33% em Dalian (China), a 775 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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