Bula do Mercado

Ibovespa não deve ganhar nem perder hoje, com Brasil em campo e feriado nos EUA

24 nov 2022, 7:36 - atualizado em 24 nov 2022, 7:36
Ibovespa
Ibovespa vive hoje um pregão para esquecer, com estreia do Brasil na Copa do Mundo e feriado nos EUA enxugando a liquidez (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa vive hoje um pregão para esquecer. A sessão tende a ser arrastada nesta quinta-feira (24), com o feriado nos Estados Unidos enxugando a liquidez dos mercados globais. Na reta final do dia, os negócios locais devem esvaziar de vez, com os investidores mais atentos à estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo no Catar.     

A última vez em que coincidiram um feriado nos EUA e dia de jogo do Brasil em Copa foi em 4 de julho de 2014. Naquele dia, a dobradinha entre a disputa da seleção contra a Colômbia pelas quartas-de-final e o Dia da Independência americana resultou no menor volume financeiro no Ibovespa desde 2011, de apenas R$ 1,4 bilhão.

Portanto, prepare-se para um dia de giro baixo na bolsa brasileira, principalmente nas últimas duas horas de sessão. O mesmo comportamento tende a ser esperado nos negócios com dólar e juros futuros, em meio à ausência da referência dos negócios em Nova York

Fed indefinido no feriado dos EUA

Lá fora, o Federal Reserve confirmou, na ata da reunião de novembro, um ritmo mais suave de aumento nos juros dos EUA. Porém, deixou em aberto o nível da taxa ao final do atual ciclo de aperto monetário. Ou seja, por mais que a alta em dezembro seja menor, de 0,50 ponto percentual, o custo do empréstimo pode subir mais, por mais tempo. 

Tudo vai depender dos indicadores econômicos. Isso porque à medida que o risco de recessão aumenta e o ambiente de inflação alta parece ter ficado para trás, o Fed não tem certeza de quanto mais os juros vão subir nem quão elevada a taxa será. Contudo, essa dúvida fica para depois, pois hoje é Dia de Ação de Graças nos EUA.

PEC da Transição entra em campo

Por aqui, também está muito incerto o rumo da PEC da Transição no Congresso. As tentativas de desidratação do texto, principalmente em torno do prazo do Bolsa Família fora do teto dos gastos, deixam dúvida se o governo eleito vai mesmo tentar aprovar nas duas Casas uma emenda constitucional antes de assumir o poder. 

Afinal, a depender da modificação no conteúdo da proposta, outras opções se põem à mesa, sem a necessidade de passar pelo Legislativo, como um MP. Ainda mais depois da contestação de parte dos resultados nas urnas feita pelo PL deixar claro as dificuldades que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá de enfrentar. 

Ainda que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, tenha multado em R$ 22,9 milhões os partidos da coligação do presidente Jair Bolsonaro pelo pedido de anulação de votos sem provas de fraude, a oposição se apresentou ao novo governo. Para enfrentá-la, pode ser preciso mais do que uma simples negociação política. 

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h25:

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhava 0,41%; a bolsa de Frankfurt tinha alta de 0,80%; a de Paris subia 0,59% e a de Londres avançava 0,24%;

Câmbio: o índice DXY tinha baixa de 0,31%, a 105.75 pontos; o euro avançava 0,23%, a US$ 1,0419; a libra ganhava 0,41%, a US$ 1,2104; o dólar caía 1,03% ante o iene, a 138,15 ienes;

Commodities: o futuro do petróleo WTI subia 0,15%, a US$ 78,05 o barril; o do petróleo Brent oscilava com +0,02%, a US$ 85,41 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro negociado em Dalian (China) fechou em alta de 1,59%, a 734 yuans a tonelada métrica.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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