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Ibovespa: queda de hoje pode desembocar nos 118 mil pontos (ou menos ainda)

19 jul 2021, 12:33 - atualizado em 19 jul 2021, 12:33
Vale Mineração
Onde está o fundo?: Vale, cujo peso é de 12,44% no Ibovespa, já rompeu todos os pisos previstos pelo Banco Safra (Imagem: REUTERS/Lunae Parracho)

A forte queda do Ibovespa na manhã desta segunda-feira (19) pode ser apenas o início de um movimento de destruição de valor que o levaria até a região dos 118 mil pontos – ou pior. A avaliação é da equipe de analistas gráficos da Ágora Investimentos.

Como se sabe, o mercado abriu a semana com medo do avanço da variante Delta da Covid-19. Investidores de todo o mundo temem que a nova variante, que surgiu na Índia, mas já se espalhou para outros países, aborte a incipiente retomada econômica, agora que a vacinação em massa avança e as medidas de isolamento social se tornam mais flexíveis.

As principais bolsas do mundo refletem o temor e operam com quedas expressivas hoje. Por volta das 11h50 (horário de Brasília), a Bolsa de Londres recuava 2,70%; a de Paris perdia 3%; e a de Frankfurt, 2,94%. Wall Street também abriu em queda de 1%.

Já o Ibovespa operava em queda de 1,75% e marcava 123.751 pontos. Na máxima do dia, até agora, chegou aos 125.958 pontos. Na mínima, bateu nos 123.615.

Apertem os cintos

Infelizmente, a baixa registrada hoje pode ser apenas o começo. Maurício Camargo e Ernani Reis, da Ágora, afirmam que, se o Ibovespa perder o piso de 125.300 pontos, estará aberto o caminho para baixas ainda mais expressivas.

“A perda deste patamar abriria espaço para uma queda ainda mais forte do índice, que partiria em busca dos apoios antigos marcados em 118.800, 116.500 e 111.300 pontos”, explicam.

Para retomar a tendência de alta, o principal índice da B3 (B3SA3) deve romper o teto dos 128.500 pontos. Se isso ocorrer, haveria espaço para uma valorização até os 131.190 pontos.

Como o índice é uma cesta com as ações mais negociadas na Bolsa, outro modo de avaliar sua capacidade de reação é analisar os prognósticos para seus principais papéis. E, por esse caminho, o cenário também não é animador.

Papéis sem piso

A Vale (VALE3) é o papel com maior peso no Ibovespa. Na carteira teórica válida até agosto, sua participação é de 12,44%. Nesta manhã, o papel perdia 2,29% e era negociado a R$ 110,80.

O problema é que isso significa que a Vale já rompeu todos os pisos previstos pelo analista gráfico do Banco Safra, Cauê Pinheiro, que publica um relatório diário com os suportes e resistências dos principais papéis da Bolsa. O piso mais baixo apontado por ele para a Vale, na análise desta segunda, era de R$ 111,50.

As preferenciais da Petrobras (PETR4), com peso de 5% no Ibovespa, não estão melhores. Os papéis recuavam 2,25% hoje cedo e eram cotados a R$ 26,08.

Com isso, já haviam rompido o primeiro piso previsto pelo Safra, de R$ 26,58, e se aproximavam dos R$ 25,91 do segundo suporte. Esse valor, aliás, chegou a ser ultrapassado, já que a mínima do dia, até agora, foi de R$ 25,86.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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