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Vírus da inflação e da variante da Covid atrapalham Ibovespa

19 jul 2021, 10:36 - atualizado em 19 jul 2021, 11:43
Ibovespa
Às 11:42, o Ibovespa caía 1,74%, a 123.776,20 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A bolsa paulista começava a semana com viés negativo, contaminada pela aversão a risco global nesta segunda-feira, em meio a preocupações com a disseminação da variante delta da Covid em várias partes do mundo.

Às 11:42, o Ibovespa caía 1,74%, a 123.776,20 pontos. O volume financeiro somava 5,6 bilhões de reais.

Na visão do economista-chefe da SulAmerica Investimentos, Newton Rosa, investidores começam a questionar a consistência da retomada global, em meio a pressões inflacionárias e receios com a disseminação da variante delta da Covid em partes do mundo.

“Diante de uma agenda esvaziada para hoje, os ativos (brasileiros) ficarão à mercê do ambiente global, dominado por forte aversão ao risco”, acrescentou.

No radar doméstico, a temporada de balanços do segundo trimestre de empresas brasileiras começa nesta semana, com o calendário do Ibovespa sendo inaugurado no dia 23, com Hypera (HYPE3).

O período, na visão da XP Investimentos, foi marcado pela redução dos riscos fiscais, melhora dos dados de Covid-19 com queda da taxa de ocupação dos hospitais e do número de óbitos, a vacinação em andamento e dados econômicos acima do esperado.

“Porém, nos últimos dias de junho, os mercados foram surpreendidos pela divulgação da segunda fase da reforma tributária que trouxe uma série de alterações que preocuparam os investidores.”

Ainda assim, segundo a XP, a expectativa é de crescimento nos lucros das empresas do Ibovespa, em parte por causa da base de comparação, mas também melhora nas perspectivas econômicas e redução de riscos ao longo do segundo trimestre.

Destaques

Vale (VALE3) perdia 2,3%, em meio ao declínio nos preços do minério de ferro na China, com  CSN (CSNA3) apresentando o pior desempenho no setor, em baixa de 3,9%.

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) recuavam 4,3% e 4,2%, respectivamente, em meio ao recrudescimento da pandemia em alguns países e suas potenciais implicações no segmento de viagens.

Petrobras (PETR4) caía 2,4%, na esteira do forte declínio do petróleo no exterior após a Opep+ fechar acordo para um aumento de produção, em momento em que o número de casos de Covid-19 aumenta em diversos países.

BTG Pactual (BPAC11) cedia 1,6%, acompanhado de perto por Banco Inter (BIDI11) que perdia 1,45%, enquanto Itau Unibanco (ITUB4) recuava 0,5% e Bradesco (BBDC4) registrava declínio de 1%.

Marfrig (MRFG3) subia 1,3%, em sessão mais positiva para o segmento de proteínas, tendo de pano de fundo a alta do dólar ante o real. JBS ON avançava 1%, enquanto Minerva (BEEF3) desvalorizava-se apenas 0,1%.

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