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Ibovespa recua 3% e vai abaixo de 100 mil pontos com temor sobre recessão

17 jun 2022, 11:39 - atualizado em 17 jun 2022, 11:40
Mercados Juros DI
Às 11:16, o Ibovespa caía 3,2%, a 99.521,37 pontos (Imagem: Reuters/Andrew Kelly)

O Ibovespa recuava fortemente nesta sexta-feira, perdendo o patamar dos 100 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2020, sem alívio nas preocupações com os efeitos de medidas de políticas monetária na atividade econômica mundial.

Às 11:16, o Ibovespa caía 3,2%, a 99.521,37 pontos, menor patamar intradia desde 5 de novembro de 2020. O volume financeiro somava 7 bilhões de reais.

Parte das vendas na bolsa brasileira refletia ajustes a fortes perdas em Wall Street na véspera, quando não houve negociação no mercado acionário brasileiro pelo feriado de Corpus Christi.

Na quarta-feira, o Ibovespa chegou a experimentar uma trégua e fechou em alta, após uma sequência de oito sessões de queda, na maior série negativa desde 2015.

“Os mercados de ações globais permanecem altamente voláteis devido ao aperto monetário sinalizado pelos principais bancos centrais”, afirmou a equipe da XP Investimentos, em relatório a clientes nesta sexta-feira.

“Com muitos bancos centrais aumentando as taxas tempestivamente, a maioria dos participantes do mercado prevê uma recessão global em algum momento nos próximos 12 meses.”

Nem a melhora das bolsas norte-americanas nesta sessão era suficiente para atenuar as vendas na B3. Após fechar em baixa de mais de 3% na véspera, o S&P 500 subia 0,5% na manhã desta sexta-feira.

“No ambiente atual, sem uma desaceleração da inflação, deveremos conviver com uma desaceleração ao mesmo tempo em que a inflação está elevada e a política monetária não pode ser usada como um ‘seguro’ ou um ‘suporte’ à economia e aos mercados”, avalia o diretor de investimentos da TAG, Dan Kawa.

“O mercado está saindo da narrativa ‘pura’ da inflação e precificando uma recessão de maneira mais aguda”, acrescentou em comentário a clientes.

Destaques

Petrobras (PETR4) caía 5%, na esteira do forte declínio do petróleo no exterior, mesmo após anunciar aumentos dos preços médios de venda da gasolina em mais de 5% e do diesel em mais de 14%, valendo a partir de sábado

Vale (VALE3) perdia 4,5%, conforme os preços do minério de ferro estenderam as perdas para uma sexta sessão na bolsa de Dalian nesta sexta-feira, marcando a queda semanal mais acentuada em quatro meses.

Itaú (ITUB4) apurava queda de 1,9% e Bradesco (BBDC4) tinha baixa de 1,55%, contaminados pelo viés mais vendedor na bolsa como um todo.

Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) recuavam 6,2% e 5,9%, respectivamente, tendo de pano de fundo a forte alta do dólar ante o real nesta sexta-feira.

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