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Ibovespa recua com receios sobre cenário doméstico

03 mar 2021, 12:34 - atualizado em 03 mar 2021, 12:34
Ibovespa
Às 12h33, o Ibovespa caía 2,42%, a 108.859.50pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, após duas altas seguidas, diante do ambiente ainda volátil em razão das últimas decisões de Brasília relacionadas a questões fiscais e Petrobras, com a temporada de balanços também ocupando as atenções.

Às 12h33, o Ibovespa caía 2,42%, a 108.859.50pontos. O volume financeiro era de 5,4 bilhões de reais.

Analistas da corretora Planner afirmaram que o mercado segue cauteloso em relação à pauta da PEC emergencial e decisões que precisam avançar no curto prazo para melhorar a expectativa em relação à economia, conforme relatório a clientes mais cedo.

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia afirmou pela manhã que incertezas econômicas continuam elevadas e estimou que o primeiro trimestre será desafiador para o Brasil.

Ao mesmo tempo, avaliou que a política monetária estimulativa, a expansão da vacinação, a consolidação fiscal e a continuidade das reformas vão permitir o aumento da confiança e maior vigor econômico ao longo de 2021.

O comentário veio após números do IBGE mostrarem que o PIB do país caiu 4,1% no ano passado –maior tombo da série que começa em 1996.

Em relação à PEC Emergencial, a expectativa é de que o novo texto seja votado no Senado nesta quarta-feira, e siga direto para a Câmara dos Deputados, sem passar por comissões, conforme prometido pelo presidente da Câmara.

O mercado também lida com expectativa de que o governo de São Paulo coloque todo o Estado na chamada “fase vermelha”, a mais restritiva do plano de quarentena contra Covid-19.

A agenda de balanços no Brasil traz nesta quarta-feira, após o fechamento, os números de Magazine Luiza, Cia Hering e Taesa.

A B3 também divulgou novos horários de negociação a partir de 15 de março, em razão do começo do horário de verão nos Estados Unidos. No mercado à vista de ações, o fechamento será adiantado em 1h, para 17h.

Destaques

Petrobras (PETR4, PETR3) caíam 3% e 2,8%, respectivamente, ainda afetadas por incertezas envolvendo a petrolífera, particularmente a autonomia para os preços de combustíveis. Quatro membros de seu conselho de administração rejeitaram indicação para recondução aos cargos.

O Santander Brasil (SANB11) cortou a recomendação dos papéis para ‘manter’, bem como reduziu o preço-alvo da ON para 20 reais.

Itaú Unibanco (ITUB4)  perdia 1%, após fechar com alta de 4% na véspera, em sessão de ajustes, enquanto agentes financeiros continuam avaliando os efeitos no setor após anúncio de aumento na alíquota da Contribuição Sobre Lucro Líquido (CSLL) nos bancos Bradesco (BBDC4) subia 0,2%.

Banco do Brasil (BBAS3) cedia 0,3%, tendo ainda no radar manutenção de ruídos envolvendo o comando do banco de controle estatal.

CVC Brasil (CVCB3) recuava 3,25%, engatando a quinta sessão consecutiva de queda, em meio ao agravamento da pandemia de Covid-19 no país e o risco de recrudescimento em medidas de restrição de circulação.

O Brasil registrou na véspera 1.641 novas mortes em decorrência do coronavírus, recorde para um dia desde o início da pandemia.

Via Varejo (VVAR3) caía 2,4%, perdendo o fôlego das máximas registradas no começo do pregão, quando chegou a subir 2,75%.

A companhia passou de prejuízo para lucro no quarto trimestre, uma vez que o salto do comércio eletrônico e a reabertura de lojas físicas aceleraram ganhos de produtividade da dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio.

Ultrapar (UGPA3) caía 3,1%, entre as maiores baixas. Analistas do Bradesco BBI chamaram a atenção para dados sobre volumes de combustíveis na última semana de fevereiro, citando que a unidade Ipiranga continuou mostrando desempenho mais fraco em relação ao seus pares.

No setor,  BR Distribuidora (BRDT3) perdia 2,5% e Cosan (CSAN3), que tem divide a Raízen com a Shell, 2,4%.

Vale (VALE3) avançava 0,1%, em mais uma sessão positiva para o setor de mineração e siderurgia, com CSN (CSNA3) em alta de 3,3%, Usiminas (USIM5) ganhando 1,2% e  Gerdau (GGBR4) valorizando-se 0,5%.

Na China, os futuros do aço chegaram a atingir o maior nível em uma década, em meio a plano chinês de adotar mais medidas de proteção ao ambiente. O minério de ferro também fechou em alta.

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