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Ibovespa segura fôlego em dia de volatilidade; MGLU3, VIIA3 e varejistas saltam

04 maio 2023, 17:02 - atualizado em 04 maio 2023, 18:15
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Entre os papéis, destaque para as varejistas Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Renner (LREN3) (Imagem: Bloomberg)

O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (4) em alta de 0,37%, a 101.174 pontos em dia de forte volatilidade.

Na noite da última quarta, o Banco Central manteve a Selic, a taxa básica de juros, em 13,75%. No comunicado, o BC afirmou que uma nova alta agora é “menos provável”.

Segundo Elcio Cardozo, sócio da Matriz Capital, o BC não trouxe muitos impactos para os investidores neste pregão, já que a decisão ficou dentro do esperado.

Na visão da equipe econômica do C6 Bank, a comunicação do BC e o cenário prospectivo para a inflação sugerem manutenção da taxa Selic nos patamares atuais, por ora.

“Esperamos elevação das metas de inflação à frente, provavelmente em junho, quando o CMN precisará decidir a meta de 2026, o que poderia abrir espaço para queda da Selic na segunda metade do ano”, afirmaram em nota a clientes.

Já nos Estados Unidos o cenário é um pouco diferente. As bolsas americanas voltaram a cair, repercutindo a alta dos juros de 0,25 ponto percentual no país ocorrida ontem.

“Por mais que o FED tenha sinalizado um possível final do ciclo de alta de juros, existe um risco no mercado de estagflação, que é uma inflação que continua alta, porém com crescimento econômico baixo, que é o que está acontecendo e estamos vendo agora. A taxa de juros ainda está alta por lá”, discorre Cardozo.

Ações tem movimentos distintos

Entre os papéis, destaque para as varejistas Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Renner (LREN3). O movimento de compra dos papéis repete o desempenho positivo da véspera, e acontece em meio a uma queda dos juros futuros.

Do lado negativo do pregão, a Embraer (EMBR3) despencou 10,89%, depois de reportar seus resultados trimestrais.

Os papéis de Vale (VALE3), CSN (CSNA3), CSN Mineração (CMIN3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) despencaram junto com os preços do minério de ferro.

A commodity  afundou para menos de US$ 100 a tonelada, o nível mais baixo desde novembro, diante da queda dos preços de aço na China e sinais de uma contração inesperada na produção industrial do país.

Com Bloomberg e Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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