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IMC se recupera, mas iniciativas precisam acontecer para ação ganhar confiança dos analistas

30 mar 2021, 15:01 - atualizado em 30 mar 2021, 15:01
Frango Assado, IMC
A XP Investimentos manteve a recomendação neutra para os papéis da IMC, com preço-alvo de R$ 4 (Imagem: Facebook/Frango Assado)

Os resultados do quarto trimestre de 2020 sinalizaram que a International Meal Company (IMCMEAL3) está se recuperando, disse a XP Investimentos. A corretora destacou a melhora no indicador SSS (Vendas Mesmas Lojas), especialmente para as redes de restaurantes Frango Assado e KFC.

No entanto, os impactos da pandemia de Covid-19 ainda foram sentidos no trimestre, tanto que a companhia reportou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de R$ 6,1 milhões, abaixo das estimativas dos analistas.

As operações nos Estados Unidos e no Caribe decepcionaram no período. O Ebitda ajustado ficou negativo em, respectivamente, US$ 5 milhões e R$ 2 milhões, em parte impactado pela queda do tráfego em aeroportos.

No acumulado do ano, a IMC apresentou prejuízo líquido de R$ 437,6 milhões, agravando o saldo negativo de R$ 15,8 milhões registrado em 2019. A receita caiu de R$ 1,6 bilhão para R$ 1,1 bilhão, enquanto o Ebitda ajustado caiu para R$ 35 milhões, com margem de 3,1%.

Segundo a XP, um fator que preocupa é o nível de alavancagem da companhia.

“A IMC encerrou 2020 com aproximadamente R$ 136 milhões em dívida líquida, versus um Ebitda ajustado de R$ 35 milhões no ano, resultando em uma alavancagem de pouco menos de 4 vezes, o que pode ser visto como preocupante”, destacou.

Por outro lado, a corretora mencionou que a empresa tem adotado diversas medidas para proteger sua liquidez, dentre elas a renegociação dos financiamentos do Caribe, a substituição da dívida nos Estados Unidos e a realização de uma oferta de ações.

A XP manteve a recomendação neutra para os papéis da IMC, com preço-alvo de R$ 4. Por mais que a empresa esteja se recuperando, a corretora enxerga um cenário mais positivo para a ação apenas se algumas iniciativas de médio prazo ganharem força.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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