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Efeito Messi? Mercado de imóveis dribla juros altos e vive boom em Miami

25 nov 2023, 8:00 - atualizado em 26 nov 2023, 11:10
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Juros altos nos EUA não inibem crescimento da economia e do setor de imóveis em Miami, novo endereço de Messi (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O impacto de Lionel Messi não se restringe ao futebol. O mercado de imóveis dos Estados Unidos vem rindo à toa desde que o craque da seleção argentina trocou Paris por Miami.

Este ano, o jogador eleito oito vezes o melhor do mundo pela FIFA surpreendeu a todos ao deixar o Paris Saint-Germain (PSG) e, desde julho, vestir a camisa do Inter Miami.

De fato, Messi não foi o primeiro super rico a migrar para um dos destinos favoritos de brasileiros e latinos. Contudo, sua presença no estado da Flórida tem ajudado a deixar a cidade movimentada. Ou melhor, a economia.

“Celebridades e bilionários do mundo inteiro estão vindo morar aqui. Claro que a vinda do Messi tem seu peso. Mas o americano não conhecia essa nova Miami. Eles passaram a entender a cidade de luxo, dos melhores serviços, depois da pandemia [de covid-19]”, avalia a especialista em imóveis de luxo em Miami, Mariana Niro.

Ao Money Times, a brasileira, que reside nos Estados Unidos há 23 anos, acrescenta que incentivos fiscais também vêm ajudando na migração de bilionários para Miami.

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Juros altos não inibem crescimento de imóveis nos EUA

Apesar da alta da taxa de juros nos Estados Unidos, o mercado imobiliário está aquecido por lá. O último dado de construção de novas casas apontou que em outubro, de forma inesperada, houve crescimento de 1,9%.

Ao todo, foram 1,3 milhão de novas residências no país. Já os pedidos de construção subiram para 1,5 milhão no mês passado, mesmo com o custo elevado de financiamento.

“Miami está na contramão. Mesmo com a taxa de juros alta, os preços não param de subir e a cidade passa por uma grande expansão, com novos comércios, novos hotéis. Vários fatores estão impulsionando a economia daqui”, diz Niro.

A especialista em imóveis ressalta que, após a chegada de Messi ao Inter Miami, a cidade tornou-se um potencial para atrair fãs de futebol.

Além disso, com a consequente profissionalização do esporte no país, Niro vê que abriu-se um horizonte para investimentos no segmento. “Muita gente vai querer vir para Miami fazer carreira no futebol”, observa.

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Após ser campeão do mundo com a Argentina, Messi trocou por Paris por Miami (Imagem: Facebook/Leo Messi)

Novo estádio do time de Messi aquece economia da Flórida

Recentemente, o Inter que, além de Messi tem o ex-jogador inglês David Beckham como coproprietário, anunciou a construção de um novo estádio.

O “Miami Freedom Park” deve ser entregue em 2025, com capacidade para 25 mil torcedores. O projeto da nova casa do clube americano é unir entretenimento e gastronomia. Com isso, além do estádio, o complexo do Inter Miami engloba três hotéis, parque, estacionamento e lojas.

O diretor de vendas da consultoria imobiliária Elite International Realty, Daniel Ickowicz, reforça que a presença do craque da Inter tem ajudado no bom desempenho de vários segmentos da economia na região.

“Não dá para mensurar o que a chegada do Messi em Miami significa a longo prazo. Porém, acredito que possa ser até muito maior do que se imagina, para todo o estado da Flórida. Acredito que a presença dele atraia investidores e mudanças na economia local”, avalia.

Além da presença do melhor jogador do mundo, Ickowicz comenta que os Estados Unidos receberão grandes eventos a partir de 2024, movimentando o mercado de imóveis e a economia de forma geral.

No ano que vem, o país vai sediar a Copa América e, segundo ele, os arredores de Miami devem ser impactados pelo torneio. Miami ainda será uma das cidades-sede da Copa do Mundo 2026, a ser realizada nos Estados Unidos, México e Canadá.

“Além disso, a cidade tem sido referência em outros esportes, como o Super Bowl, jogos universitários e, agora, tem o GP [Grande Prêmio] de Fórmula 1. Tudo isso aquece diversos setores e aumenta a perspectiva de crescimento econômico na região”, ressalta.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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