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Inadimplência das empresas: tributarista Marcos Pelozato aponta como salvar o seu negócio

12 jan 2023, 6:20 - atualizado em 12 jan 2023, 6:12
Inadimplência das empresas
Cenário de juros elevados põe em risco mais de 6,3 milhões de estabelecimentos com dívidas em atraso. (Imagem: Agência Brasilia/Gabriel Jabur)

Os empreendedores devem começar o ano de 2023 enfrentando um cenário desafiador. De acordo com dados da Serasa Experian, até novembro do ano passado, havia 6,392 milhões de negócios inadimplentes em todo o Brasil, recorde da série histórica, iniciada em 2016.

Além disso, foram registradas mais de 45 milhões de dívidas, cuja valor acumulado soma R$ 108 bilhões. Em média, cada empresa inadimplente era responsável por sete débitos em atraso.

Os dados também mostram que o setor de serviços, o maior empregador da economia brasileira, respondia por mais da metade dos negócios inadimplentes (53,5%). O comércio aparece logo depois (37,5%), seguido pela indústria (7,7%).

As condições macroeconômicas, pelo menos no início do ano, também não são favoráveis. Para conter a inflação, a taxa Selic tem sido mantida em 13,75% ao ano, o que encarece ainda mais financiamentos, empréstimos e dívidas contratadas.

Como sair da inadimplência

Com experiência em salvar empresas da inadimplência, o advogado tributarista e contador Marcos Pelozato indica que, apesar do quadro adverso, nem tudo está perdido em 2023.

“As empresas que têm maior controle sobre os gastos e são menos dependentes de crédito – ou seja, menos impactadas pelos juros – terão um ano mais alvissareiro”, afirma.

Por outro lado, Pelozato destaca que os negócios altamente endividados e sem controle de despesas podem entrar em uma situação gravíssima.

“Se não virarem o jogo, diversas empresas, principalmente as de pequeno porte, correm risco de entrar em processo de falência”, alerta.

“É um risco muito grande quando empresários decidem financiar os seus negócios com empréstimos volumosos a taxas altas. Por isso, é importante buscar alternativas de financiamento, negociar as dividas e pagar os débitos antes de fazer novos investimentos”, recomenda.

Nesse sentido, tributarista sugere que os sócios revisem as finanças do empreendimento e negociem com bancos e fornecedores. A perspectiva do mercado é que haja corte da taxa Selic ao longo de 2023.

“Vale a pena tentar negociar com os credores a substituição da taxa ou um eventual pagamento com desconto. De todo modo, é importante não carregar as dívidas por longos períodos, se quiser manter o negócio saudável do ponto de vista financeiro”, indica o advogado.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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