Investimentos

Inflação está por trás de rali recorde de bitcoin e não ETF de futuros, diz JPMorgan

21 out 2021, 20:13 - atualizado em 21 out 2021, 20:13
Bitcoin Freepik
A preocupação com a inflação renovou o interesse de investidores em ativos que possam funcionar como hedge, e isso inclui bitcoins

Temores de inflação, e não a exuberância sobre o primeiro ETF de futuros de bitcoin dos Estados Unidos, estariam por trás dos níveis recordes da moeda digital, de acordo com estrategistas do JPMorgan Chase.

“Por si só, é improvável que o lançamento do BITO leve a uma nova fase de entrada de capital significativamente mais novo em bitcoin”, escreveram estrategistas como Nikolaos Panigirtzoglou, em referência ao ETF ProShares Bitcoin Strategy.

“Em vez disso, acreditamos que a percepção do bitcoin como melhor hedge contra inflação do que o ouro seria a principal razão para a alta atual, desencadeando uma migração de ETFs de ouro para fundos de bitcoin desde setembro.”

A preocupação com a inflação renovou o interesse de investidores em ativos que possam funcionar como hedge, e isso inclui bitcoins.

Nas últimas semanas, o ouro não tem conseguido responder às crescentes dúvidas sobre as pressões dos custos, e a migração de ETFs de ouro para fundos de bitcoin se acelerou. “Essa mudança de fluxo permanece intacta, sustentando um cenário altista para o bitcoin até o final do ano”, disseram estrategistas.

Por exemplo, o ETF SPDR Gold Shares (GLD), com ativos US$ 56 bilhões, pode registrar o quarto mês consecutivo de saídas, que até agora totalizam mais de US$ 3,6 bilhões no período, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Ao mesmo tempo, investidores de bitcoins já têm uma “infinidade de opções de investimento”, disse o JPMorgan. Estrategistas do banco apontam para o lançamento do ETF Purpose Bitcoin (BTCC) no Canadá, que teve uma recepção calorosa no início, mas que depois esfriou de forma gradual. “A euforia inicial em relação ao BITO pode desaparecer depois de uma semana”, disseram.

O bitcoin atingiu um marco na quarta-feira, quando superou US$ 66.000 pela primeira vez. Investidores e analistas atribuíram o avanço em grande parte ao otimismo sobre uma maior aceitação da moeda digital após o lançamento bem-sucedido do fundo de índice inaugural para investidores dos EUA.

O BITO da ProShares também marcou um momento importante quando estreou na terça-feira como o segundo fundo mais negociado da história.

E ampliou os ganhos no segundo dia de negociação, com volume superior a 29 milhões de ações na quarta-feira, representando mais de US$ 1,2 bilhão.

O fundo agora tem ativos de US$ 1,1 bilhão, segundo a empresa. Foi o período mais rápido que um ETF atingiu a marca de US$ 1 bilhão, de acordo com a Bloomberg Intelligence.

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