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Inmet acende alerta para excesso e falta de chuvas em outubro para áreas produtoras do Brasil

02 out 2023, 12:13 - atualizado em 02 out 2023, 12:13
chuvas áreas produtoras
Excesso de chuvas deve provocar um estresse hídrico em algumas áreas do Brasil, impactando a colheita dos cultivos de inverno (Foto: Pixabay)

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas abaixo média histórica para as regiões Norte e Nordeste em outubro, com volumes inferiores a 70 milímetros.

Entretanto, na faixa oeste e em áreas do sul da Região Norte, a chuva deve ficar próxima e ligeiramente acima da média histórica, com previsão de acumulados abaixo de 140 mm.

Para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica o retorno gradual da chuva, principalmente em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, com volumes inferiores a 160 mm.

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Nas demais áreas, a tendência é de chuva abaixo da média, principalmente no centro-norte de Minas Gerais, com acumulados inferiores a 100 mm.

Na Região Sul, há previsão de chuva acima da média, principalmente no centro-oeste do Rio Grande do Sul, parte central de Santa Catarina e extremo sul do Paraná, onde os volumes previstos podem superar 250 mm.

Agricultura

O prognóstico climático do Inmet para outubro de 2023 e seu possível impacto no final da safra de grãos 2022/23 e início da safra 2023/24 para as diferentes regiões produtoras indica que, em áreas do Matopiba (região que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a falta de chuva vai manter baixos níveis de água no solo. Isso pode levar a um atraso na semeadura dos cultivos de primeira safra.

Já em áreas da Sealba (região que engloba os estados de Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), a redução do armazenamento de água no solo poderá causar restrição hídrica aos cultivos de terceira safra, que se encontram em fases fenológicas mais sensíveis, porém, favorecerá as operações de colheita.

Em grande parte do Brasil Central, os níveis de água no solo ainda podem continuar baixos, o que poderá favorecer a finalização da safra de grãos 2022/23.

No entanto, a irregularidade da chuva na faixa que se estende desde o Mato Grosso até o Espírito Santo manterá a umidade no solo baixa, afetando a semeadura e o início do desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

Por outro lado, em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, a umidade no solo será suficiente para atender as fases iniciais da safra 2023/24.

Na Região Sul, os níveis de água no solo podem continuar elevados e beneficiar os cultivos de inverno em enchimento de grãos e maturação, além das fases iniciais dos cultivos de primeira safra.

Porém, em algumas áreas afetadas pelo excesso de chuva pode haver excedente hídrico, impactando a colheita dos cultivos de inverno, além de favorecer a incidência de doenças fúngicas e impedir o avanço da semeadura dos cultivos de primeira safra.

Temperatura

A previsão indica que as temperaturas devem ficar acima da média em grande parte do país, principalmente em áreas de Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, onde os valores podem superar 29ºC.

Em algumas localidades do sul de Mato Grosso do Sul e parte da Região Sul, são previstas temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média.

A ocorrência de dias consecutivos com chuva nessas áreas poderá amenizar as temperaturas, chegando a valores inferiores a 20°C.

Em áreas de maior altitude dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as temperaturas podem ser inferiores a 16ºC, sendo atribuídas aos dias consecutivos com chuva e, também, devido às incursões de massas de ar frio que ainda chegam, com menor intensidade, e provocam decréscimo das temperaturas em alguns dias.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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