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Ibovespa (IBOV): Veja 5 coisas para saber antes de investir nesta segunda (27)

27 nov 2023, 10:02 - atualizado em 27 nov 2023, 10:02
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Antes de investir: Ibovespa amanhece em alta, com volta de Wall Street após feriado prolongado e de olho em semana de inflação.   (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) futuro opera em alta de 0,13%, com a volta de Wall Street. Na sexta-feira, a bolsa brasileira apresentou queda de 0,84%, a 125.517,17 pontos. Na semana, o índice acumulou uma valorização de 0,59%, consolidando sua quinta alta semanal seguida.

dólar começou esta segunda-feira (27) sem direção definida, recuando 0,03%, cotado a R$ 4,9008. Por volta das 09h05, recuava 0,15%, a R$ 4,8952. Na última semana, a moeda recuou 0,14% frente ao real, marcando a sexta baixa nessa base de comparação em sete semanas.

Day Trade

Radar do mercado

Antes de investir: Veja cinco assuntos que vão mexer com o Ibovespa e os mercados nesta segunda-feira (27)

Focus segue reduzindo o IPCA

Os economistas consultados pelo Banco Central voltaram a reduzir as projeções para a inflação para este ano, após falas otimistas de Roberto Campos Neto ao longo da semana passada, dizendo que os preços estão em trajetória de queda e acenando para novos cortes na taxa básica de juros.

Segundo os dados do Relatório Focus, agora, a expectativa é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano feche em 4,53%, ante os 4,55% do levantamento passado. Para 2024, a projeção se manteve em 3,91%.

Vale lembrar que, a previsão de inflação voltou para dentro do teto da meta: as metas de inflação para 2023, 2024 e 2025 são de 3,25%, 3% e 3%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Confira o Relatório Focus aqui.

STF julga futuro dos precatórios

O Supremo Tribunal Federal (STF) vota ainda hoje sobre como parte dos pagamentos precatórios é computada na contabilidade federal.

A expectativa é de quitar R$ 95 bilhões da fatura de precatórios do atual passivo que pode chegar a quase R$ 200 bilhões até 2027. O Ministério da Fazenda quer se livrar disso via crédito extraordinário ou deixar os números de fora do arcabouço fiscal.

“A matéria é acompanhada pelo Ministério da Fazenda com expectativa de que seja atestada a inconstitucionalidade para que o governo lide com o ‘volume significativo e crescente de despesa artificialmente represada’, a ser
paga apenas em 2027”, aponta o relatório da Terra Investimentos.

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Inflação domina a agenda da semana 

Na quinta-feira (30), será divulgado o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE), o indicador preferido do Federal Reserve para medir a inflação no radar.

Caso venha dentro ou abaixo do projetado, aí as apostas de pausa definitiva na alta de juros se intensificam. Por outro lado, caso os números surpreendam negativamente, aí Jerome Powell terá mais oportunidades de dizer que a inflação segue acima da meta de 2%.

No mesmo dia, também será divulgada a inflação na zona do euro. Além disso, amanhã saem os dados da prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) por aqui.

“As leituras recentes da inflação têm sido benignas, abrindo caminho para que o Banco Central continue a reduzir as taxas de juro. Do lado da atividade, a taxa de desemprego de outubro sai na quinta-feira, enquanto a produção industrial sai na sexta-feira. Acreditamos que os números confirmarão que a economia perdeu força no segundo semestre deste ano”, diz o relatório desta manhã da XP.

Fusão entre Eneva e Vibra

Segundo informações do Brazil Journal, a Eneva (ENEV3) está propondo uma fusão com a Vibra Energia (VBBR3). O plano seria realizar uma troca de ações que criaria um gigante da transição energética.

A Eneva enviou uma carta ao conselho da Vibra ontem à tarde, propondo uma fusão entre as companhias através de uma operação de merger of equals, em que ambas as companhias recebem a mesma avaliação de mercado, tendo cada uma a mesma participação na nova companhia combinada.

“Com isso, há um prêmio interessante para Eneva, tendo em vista que esta está avaliada em R$20,7 bilhões, enquanto a Vibra vale R$25,9 bilhões”, afirma Mateus Haag, da Guide Investimentos.

O analista aponta o impacto como positivo, principalmente para Eneva. Para ele, existe sinergias entre as estratégias e ativos das empresas.

Black Friday fraca pressiona as varejistas

Rafael Passos, analista da Ajax Asset, destaca que a Black Friday de 2023 foi a segunda pior da história do evento, que ocorre desde 2010 aqui no Brasil.

De acordo com a Confi.Neotrust, em parceria com a ClearSale, entre quinta-feira (23) e sábado (25) foram R$ 4,5 bilhões em vendas. Trata-se de 14,4% a menos, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

A receita foi afetada pela queda no volume de pedidos no período (-15,5% A/A), e a discreta alta no tíquete médio (-1,3% A/A) não conseguiu compensar a menor quantidade de compras.

“Alguns destaques: (1) os dados ainda reforçam um ambiente econômico difícil aos players de comércio eletrônico e varejistas focados em eletroeletrônicos (VIIA3 e MGLU3) e moda de baixa renda (C&A, GUAR3, AMAR3 e LREN3); (2) players com melhor histórico de execução do management e líderes de market share devem continuar a performar acima dos pares, com ganhos de participação de mercado (ARZZ3 e VIVA3); e (3) cenário desinflacionário de alimentos pode continuar a impactar os players de Cash & Carry”, afirma.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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