Economia

IPCA: Inflação sobe 0,62% em dezembro; 2022 fecha ano em 5,79%, acima do teto da meta

10 jan 2023, 9:15 - atualizado em 10 jan 2023, 9:15
Supermercado, IPCA, inflação
IPCA fechou o ano acima do teto da meta de inflação do Banco Central para 2022. (Imagem: REUTERS/Stefan Wermuth)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,62% em dezembro, acelerando-se em relação à alta de 0,41% apurada em novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado veio acima da mediana projetada pelo mercado, de +0,45%.

Com isso, o IPCA acumula alta de 5,79% em 2022. Fechando o ano acima do teto da meta de inflação do Banco Central para 2022, de 5%. É a quarta vez consecutiva que a inflação fica acima da meta.

O resultado também ficou acima da mediana projetada, de +5,60%.

Grupos

De acordo com o IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro.

A maior variação (1,60%) e o maior impacto (0,21 p.p.) no IPCA vieram de Saúde e cuidados pessoais, que acelerou em relação ao resultado de novembro (0,02%).

A segunda maior contribuição, 0,14 p.p., veio de Alimentação e bebidas, que ficou com alta de 0,66%. Juntos, os dois grupos representaram cerca de 56% do impacto total da inflação de dezembro.

Já a segunda maior variação no índice veio de Vestuário (1,52%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quinto mês consecutivo.

Transportes (0,21%) e Habitação (0,20%) desaceleraram ante o mês anterior, quando registraram 0,83% e 0,51%, respectivamente. Por fim, os demais grupos ficaram entre 0,19% de Educação e 0,64% de Artigos de residência.

Inflação em 2022

No ano, resultado foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano.

Na sequência, veio Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto. Já a maior variação veio do grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do ano.

O grupo Habitação (0,07%) ficou próximo da estabilidade e os Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 p.p.) entre os nove grupos pesquisados.

Editora-chefe
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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