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IRB (IRBR3) despenca 33% em setembro e lidera baixas do Ibovespa; oportunidade ou cilada?

30 set 2022, 19:13 - atualizado em 30 set 2022, 19:13
IRB
IRB cai quase 33% em setembro e é destaque negativo do Ibovespa (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

Setembro foi um mês difícil para os mercados de ações. Por pouco, o Ibovespa não terminou em queda, seguindo a onda vermelha que arrastou os principais índices globais.

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Empresas do setor de alimentos foram penalizadas no mês, com Marfrig (MRFG3) caindo 24,94%, enquanto BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3) acumularam perdas de mais de 18%. O setor de aviação também recuou, tendo CVC Brasil (CVCB3) recuado 17,3%.

Mas foi a resseguradora IRB (IRBR3) que liderou as quedas do Ibovespa em setembro. Com desvalorização acumulada de 32,93% no período, a ação da empresa chegou a bater R$ 1,01 em seu pior momento.

Com a forte correção desta sexta-feira (30), os papéis da companhia se recuperaram para R$ 1,10.

O que aconteceu com IRBR3?

O movimento acelerado de queda recente começou após a precificação de sua oferta pública subsequente de distribuição primária de ações, com esforços restritos de distribuição.

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A operação resultou em um preço de R$ 1 por ação, com a emissão de 1,2 milhão de novas ações. Com isso, a oferta totalizou R$ 1,2 bilhão.

A oferta de ações chegou para fazer frente à adequação regulatória junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep), após os resultados do segundo trimestre mostrarem solvência abaixo do mínimo regulatório.

Na época, o Inter avaliou a precificação como neutro, uma vez que o preço indicativo era de R$ 2,01 (melhor cenário para o IRB) e o limite era de R$ 0,67 (pior cenário para a resseguradora).

Além da oferta, o IRB levantou recursos com a venda do imóvel onde estava localizada a sede, no Rio de Janeiro, por R$ 85,3 milhões. A resseguradora também anunciou o recebimento de R$ 100 milhões como fechamento do acordo judicial com a Casashopping.

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Contribuindo para a derrocada das ações, o IRB divulgou em setembro os dados de suas operações em julho, mostrando novo prejuízo de R$ 58,9 milhões.

É hora de dar uma chance à ação?

Com a forte queda dos papéis, investidores podem se perguntar se o pior para o IRB passou.

Na avaliação de analistas do BTG Pactual, em relatório publicado no mês, o IRB voltou a ficar “investível” após a oferta de ações.

Segundo a instituição, com uma nova equipe, um portfólio reciclado, melhor governança, mais capital e uma marca forte, o IRB pode ser investido novamente.

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Os analistas lembram que não há nenhuma outra resseguradora capaz de ocupar o lugar do IRB à frente da indústria brasileira, enquanto o novo capital e uma taxa Selic mais alta devem ajudá-la a se tornar lucrativa de novo.

Apesar disso, o BTG não tem recomendação de compra para o IRB, considerando o risco-recompensa ainda ruim de investir na companhia.

Na visão do banco, mesmo com a venda dos imóveis e a oferta de ações, o lucro líquido do terceiro trimestre ainda trará perdas.

O JPMorgan, no início do mês, elevou a recomendação de compra do IRB para “neutra”, listando três pontos que podem favorecer a empresa nos próximos meses:

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  • a normalização das perdas rurais, que, segundo o JPMorgan, já foram sentidas;
  • o montante de R$ 1,2 bilhão levantado com a oferta de ações, além dos R$ 185 milhões de novos recursos com venda de imóveis;
  • os lucros podem voltar no terceiro ou no quarto trimestre de 2022.

O JPMorgan destacou que, após acumular uma forte desvalorização no ano, o IRB negocia a múltiplos mais consistentes.

Já Filipe Fradinho, analista da Empiricus Investimentos, prefere ficar longe da ação.

Na opinião de Fradinho, o IRB é uma empresa que não possui credibilidade, mencionando os episódios envolvendo o megainvestidor Warren Buffett e as fraudes contábeis.

“Estou fora demais. É movido a boatos”, comenta.

Confira as cinco ações do Ibovespa que mais caíram em setembro:

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Empresa Ticker Desempenho em setembro
IRB IRBR3 -32,93%
Marfrig MRFG3 -24,94%
São Martinho SMTO3 -19,90%
Minerva BEEF3 -18,83%
BRF BRFS3 -18,74%

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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