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Itaú (ITUB4): Lucro recorrente sobe 12% no 3T23, chega a R$ 9 bi e bate expectativas do mercado

06 nov 2023, 18:45 - atualizado em 07 nov 2023, 12:26
Itaú
A carteira de crédito total cresceu 4,7%, fechando setembro com R$ 1,6 bilhão (Imagem: Facebook/Itaú)

Itaú (ITUB4) encerrou o terceiro trimestre de 2023 com lucro líquido recorrente gerencial de R$ 9 bilhões, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (06), alta de 11,9% ante mesmo período do ano passado.

A cifra bateu a expectativa do mercado reunida pela Bloomberg, que aguardava R$ 8,9 bilhões.

Einar Rivero, consultor independente, lembra que o lucro líquido contábil do Itaú nos nove meses de 2023 atingiu a marca de R$ 24,19 bilhões, estabelecendo um novo recorde histórico em valores nominais para um banco de capital aberto.

De acordo com o maior banco do Brasil, o lucro foi influenciado pelo aumento da margem financeira com clientes, impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito, e aumento das receitas de serviços e seguros.

O ROE, que mede o retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado, indicador olhado com lupa por analistas, fechou o período em 21,1%, contra 21% no mesmo período do ano passado.

“Nossos números refletem a transformação da nossa cultura e jeito de trabalhar. Nosso e-NPS (employee net promoter score), que avalia a satisfação dos colaboradores, está na máxima histórica”, pontua Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco.

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Itaú: Crédito cresce (e despesas também)

A carteira de crédito total cresceu 4,7%, fechando setembro com R$ 1,6 trilhão. O Itaú explica que merecem destaque os crescimentos de:

  • 17,9% em crédito pessoal;
  • 12,1% em crédito imobiliário, mercado em que, ao longo desse período, o banco avançou na melhoria da jornada para os clientes;
  • 3,1% em veículos.

O custo do crédito totalizou R$ 9.263 bilhões no terceiro trimestre de 2023, alta de 15,9% .

“Esse aumento ocorreu principalmente em razão da maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa no Brasil”, coloca.

Houve ainda piora nas despesas não decorrentes de juros, que alcançaram R$ 14.742 bilhões, com aumento de 5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a inflação acumulada foi de 5,2%.

“O aumento das despesas de pessoal ocorreu devido aos efeitos da negociação do acordo coletivo de trabalho e ao aumento da despesa com participação nos resultados”, coloca.

As despesas administrativas também foram maiores devido aos aumentos de despesas com processamento de dados e telecomunicações e com depreciação e amortização, decorrentes da ativação de projetos de tecnologia realizados ao longo dos últimos anos.

O índice de eficiência do banco acumulado de 12 meses foi de 40,2%, redução de 1,4 pontos e menor patamar da série histórica.

Apesar disso, o índice de eficiência dos últimos 9 meses atingiu 39,8%, “melhor nível da história do Itaú Unibanco”, coloca Alexsandro Broedel, CFO do Itaú.

“Nossos índices de atraso se mantêm estáveis, o custo do crédito diminuiu”, completa.

Índice de inadimplência sobe

Outro indicador importante, o índice de inadimplência de 90 dias subiu 0,2 ponto percentual, para 3%.

“No Brasil, os índices de grandes empresas e de pessoas físicas ficaram estáveis. E o índice do segmento de micro, pequenas e médias empresas aumentou, principalmente em empresas de menor faturamento”, explica o banco.

Apesar disso, houve redução de 0,2 ponto percentual no índice de inadimplência entre 15 e 90 dias, que fechou o trimestre em 2,3%, redução de 0,2 ponto percentual nos indicadores do Brasil e do exterior, de 0,2 ponto percentual em pessoas físicas e de 0,1 ponto percentual, tanto em grandes quanto em micro, pequenas e médias empresas.

Impacto da venda do Itaú Argentina

O Itaú também concluiu a operação da venda das suas operações na Argentina, finalizando o acordo celebrado em 23 de agosto de 2023 com impacto negativo em R$ 1.212 mi. O banco recebeu do banco Macro o valor de US$ 50 milhões.

Em fato relevante, o banco ajustou suas projeções anuais à venda das operações. “Excluindo-se das projeções os impactos da alienação das operações na Argentina, reafirmamos o guidance divulgado anteriormente”.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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