Open Finance

Já aderiu ao Open Finance? Complemento do Pix já é usado por 28 milhões de pessoas

04 set 2023, 16:52 - atualizado em 04 set 2023, 16:52
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A ferramenta facilita o compartilhamento de dados entre as instituições financeiras. (Imagem: Pixabay/ Pexels)

Segunda etapa de uma esteira de inovações do Banco Central, o Open Finance permite que mais produtos financeiros possam ser ofertados aos clientes por meio do compartilhamento de informações. É possível aderir através do aplicativo do banco.

Até julho de 2023, o número de consentimentos realizados no país foi de aproximadamente 28 milhões, de acordo com consultoria Bip, em parceria com a plataforma de conteúdo especializada Let’s Open.

Por que utilizar o Open Finance?

O Open Finance, anteriormente chamada de Open Banking, permite que o próprio usuário realize o compartilhamento de informações entre as instituições bancárias em que ele tem conta para que elas possam ter o histórico do cliente.

Por exemplo, se uma pessoa possui uma conta bancária há muitos anos e resolve abrir uma segunda, fornecendo apenas as informações preenchidas no formulário, provavelmente, não terá os mesmos benefícios e limites que na sua conta mais antiga. Isso porque os bancos guardam as informações de cada cliente para poder oferecer mais serviços conforme seu relacionamento com a instituição se estreita.

Com o Open Finance e o compartilhamento dessas informações, é possível que outros bancos realizem outras propostas para um financiamento, aumentando assim a concorrência entre eles e beneficiando o cliente.

“É a partir desses dados compartilhados entre instituições que o Open acontece, e esse resultado se mostra extremamente significativo para a Finansystech [plataforma de Open Finance as a Service], para a inovação e a competição no segmento, especialmente quando levamos em conta que 83% dos consentimentos estão concentrados em apenas três bancos – Nubank (41%), Itaú (24,6%) e Banco do Brasil (17,5%)”, diz o CEO da Finansystech, Danilo Branco.

Como o Open Finance é feito

O Banco Central, após avaliar qual seria o caminho que o Brasil seguiria em relação à tecnologia no mercado financeiro, foi instaurado uma serie de estudos para entender a aplicação das inovações no dia a dia da população e como que o BC poderia regulamentar o que fosse proposto aos bancos.

De acordo com Branco, da Finansystech- que participou dos estudos envolvendo o Open Finance antes de fundar a empresa -, após a apresentação desses estudos, cada instituição financeira deveria desenvolver a sua ferramenta para integrar ao sistema de compartilhamento de dados.

“Cada instituição tem a sua própria ferramenta. Não existe uma fórmula para todas porque cada lugar tem as suas particularidades e serviços. Cabe ao BC apenas regulamentar e ver se está nas conformidades”, explicou.

Existem hoje algumas empresas que proporcionam esses serviços aos bancos de forma terceirizada, já que para cada instituição selecionar parte da sua equipe de tecnologia para desenvolver um serviço, que não faz parte do dia a dia deles, seria muito lento e custoso.

Open Finance é seguro?

O compartilhamento de dados só é realizado com o consentimento do cliente. O compartilhamento pode ser interrompido a qualquer momento.

De acordo com Branco, a segurança é até intensificada com a utilização da ferramenta. Fraudes e diversos outros crimes cibernéticos envolvendo dados bancários poderão ser melhor identificados com a ajuda do Open Finance, diz ele.

A sócia da Teros, empresa especializada em soluções de inteligência de dados, pricing e open finance, Lígia Novazzi, afirma que é mais fácil identificar a existência e o comportamento de um cliente dentro do sistema financeiro, uma vez que as informações compartilhadas estão dentro desse ecossistema. Portanto, antes de autorizar uma operação, a instituição financeira pode pedir o compartilhamento de dados e levantar um histórico mais apropriado e, assim, evitar uma fraude.

“A revolução tecnológica gerada pelo open finance permite o surgimento de um grande número de soluções que beneficiem o dia a dia do consumidor. Além disso, os custos do sistema financeiro devem cair fazendo com que o consumidor seja beneficiado por taxas e tarifas mais baixas”, diz Novazzi.

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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