Política

Líderes decidem nesta 3ª data de sabatina de indicado ao STF

06 out 2020, 10:11 - atualizado em 06 out 2020, 10:11
Senado
De acordo com uma das fontes, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), está sondando os líderes na Casa para fechar um acordo para o dia 21 (Imagem: Jame de Araújo/Agência Senado)

O Senado decide nesta terça-feira a data para a sabatina que irá analisar a indicação do desembargador Kássio Nunes para a vaga do ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal e, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters, a data proposta é dia 21 deste mês, uma semana depois de efetivada a aposentadoria do ministro.

De acordo com uma das fontes, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), está sondando os líderes na Casa para fechar um acordo para o dia 21. Um dos patrocinadores da indicação de Nunes, Alcolumbre trabalha com o Palácio do Planalto para aprovar o mais rapidamente possível o nome do desembargador.

Nunes precisa ser aprovado após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois em votação no plenário da Casa. Fontes ouvidas pela Reuters não prevêem dificuldades para a aprovação do primeiro indicado ao Supremo pelo presidente Jair Bolsonaro.

Normalmente, as sabatinas são feitas em duas sessões, uma para leitura do relatório e outra para votação. No entanto, por causa da pandemia de coronavírus, o Senado tem adotado um rito simplificado e feito tudo em apenas uma sessão.

A pressa em fazer a sabatina vem por conta dos ataques que a indicação do desembargador vem sofrendo por parte, principalmente, de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Depois de dizer que indicaria um nome “terrivelmente evangélico”, o presidente optou por um nome neutro, com apoio do Senado e do centrão.

Nunes foi apresentado a Bolsonaro por Alcolumbre e apoiado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), hoje um dos principais aliados do presidente.

Jair Bolsonaro
A pressa em fazer a sabatina vem por conta dos ataques que a indicação do desembargador vem sofrendo por parte, principalmente, de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

O apadrinhamento do centrão e o fato de Nunes ter participado de decisões contrárias ao gosto dos apoiadores mais radicais do presidente serviram de combustível às críticas na Internet.

Nas últimas semanas, Bolsonaro foi a público mais de uma vez defender o desembargador contra cada uma das críticas e também tentar justificar sua decisão, mas não acalmou os mais radicais.

Na segunda-feira à noite, durante um culto evangélico em São Paulo, tentou mais uma cartada: prometeu não apenas novamente um ministro “terrivelmente evangélico” para a próxima vaga que se abrirá no STF, em julho de 2021, como um pastor. Nesse perfil se encaixa, por exemplo, o ministro da Justiça, André Mendonça.

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