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Lucro da Vale (VALE3) recua quase 20% e atinge US$ 4,4 bilhões no 1T22

27 abr 2022, 18:25 - atualizado em 27 abr 2022, 19:05
Vale
O lucro do primeiro trimestre ficou acima das estimativas do consenso do mercado, de US$ 4,1 bilhões (Imagem: Reuters/Washington Alves)

A Vale (VALE3) reportou lucro líquido atribuído a acionistas de US$ 4,45 bilhões no primeiro trimestre do ano. O montante, de acordo com o relatório divulgado na noite desta quarta-feira (27), representa uma queda, em dólar, de aproximadamente 20% em relação ao mesmo intervalo de 2021.

O resultado também ficou abaixo dos US$ 5,42 bilhões atingidos pela mineradora no quarto trimestre do ano passado.

A Vale disse que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) sazonalmente menor e o aumento dos resultados financeiros do trimestre passado explicam o recuo do lucro.

O lucro do primeiro trimestre ficou acima das estimativas do consenso do mercado, de US$ 4,1 bilhões, de acordo com levantamento da Bloomberg.

A receita líquida de vendas somou US$ 10,81 bilhões, representando um recuo de 13,8% no comparativo anual.

O Ebitda ajustado pró-forma das operações continuadas totalizou US$ 6,37 bilhões, abaixo dos US$ 6,85 bilhões reportados no trimestre anterior e dos US$ 8,62 bilhões dos primeiros três meses de 2021.

Os investimentos no primeiro trimestre deste ano totalizaram US$ 1,1 bilhão, sendo US$ 799 milhões na manutenção das operações e US$ 337 milhões na execução de projetos de crescimento.

A Vale encerrou o trimestre com fluxo de caixa livre operacional de US$ 1,22 bilhão, acima dos patamares do último trimestre. Isso é explicado por:

  • menor impacto do capital de giro (US$ 1,5 bilhão);
  • pagamentos menores relacionados às obrigações de Brumadinho (US$ 1,2 bilhão), e
  • menores investimentos (US$ 0,6 bilhão).

Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo imposto de renda sazonalmente mais alto pago no início do ano, considerando a diferença entre os impostos recolhidos ao longo do ano e o imposto devido no fim do ano.

Ao fim de março, a Vale registrava dívida líquida de US$ 4,91 bilhões, montante US$ 3 bilhões maior no comparativo trimestral, boa parte devido à saída de caixa com pagamento de dividendos e recompra de ações.

Produção e vendas

A Vale já tinha publicado o relatório de produção e vendas dos primeiros três meses de 2022. No período, a produção de minério de ferro, incluindo compras de terceiros, run-of-mine e feed para plantas de pelotização, atingiu 63,9 milhões de toneladas métricas.

O montante é 22,5% menor em relação ao volume registrado no trimestre anterior e representa um recuo de 6% sobre a quantidade registrada no mesmo intervalo do ano passado.

De acordo com a Vale, a queda na produção é resultado:

  • da menor disponibilidade de ROM (beneficiamento do minério bruto) e da maior necessidade de processar estéril em Serra Norte, dado os atrasos de licenciamento;
  • da maior relação de estéril/minério e efeitos tie-in devido à presença de estéril jaspilito no corpo mineral em S11D e à instalação de dois novos britadores primários para processar o jaspilito;
  • da interrupção durante quatro dias da Estrada de Ferro Carajás devido às fortes chuvas em março; e
  • do impacto das chuvas em Minas Gerais em janeiro, interrompendo temporariamente as operações dos Sistemas Sul e Sudeste, e também impactando a disponibilidade de compra de minério de terceiros.

Os volumes de vendas de finos e pelotas de minério de ferro totalizaram 60,6 milhões de toneladas no primeiro trimestre, com um prêmio de US$ 9/ por tonelada, um aumento de US$ 4,30 a tonelada em comparação ao quarto trimestre do ano passado.

A produção e a venda de níquel e cobre nos primeiros três meses de 2022 ficaram abaixo dos volumes registrados um ano antes.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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