Política

Lula diz que produção excedente de alimento será comprada pelo governo e preço mínimo será retomado

28 fev 2023, 14:13 - atualizado em 28 fev 2023, 14:13
Lula
O Consea, agora reinstalado por Lula, havia sido extinto no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que o governo retomará a política de preços mínimos para produtos agrícolas e que o programa para retirar pessoas pobres do endividamento pode ser anunciado na próxima semana.

“A gente vai garantir que, se as pessoas produzirem, não vão perder, porque se produzirem em excesso, o governo vai comprar esse alimento para que a gente distribua onde precisa ser distribuído”, disse Lula em evento de reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

“E também a gente vai voltar com a política de preço mínimo para garantir que as pessoas que plantam não tenham prejuízo se houver uma super safra”, acrescentou.

Lula também aproveitou o evento para dizer que deve anunciar na próxima semana o cumprimento de duas promessas que fez na campanha eleitoral do ano passado, quando se elegeu para um terceiro mandato na Presidência: a equiparação salarial entre homens e mulheres e um programa para tirar os mais pobres do endividamento, que terá o nome de Desenrola.

  • Entre para o Telegram do Money Times!
    Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

“No Dia das Mulheres (quarta-feira da semana que vem), a gente vai apresentar definitivamente a tal da lei que vai garantir que a mulher definitivamente receba o salário igual ao homem se ela exercer a mesma função do homem”, disse.

“Outra coisa importante que está para ser anunciada é o Desenrola. Está pronto e acho que semana que vem a gente pode anunciar”, acrescentou.

O Consea, agora reinstalado por Lula, havia sido extinto no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A volta do colegiado vem após o Brasil ter retornado, nos últimos anos, ao Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), de onde havia saído em 2014, último ano do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, após a ampliação de políticas públicas de distribuição de renda iniciada no primeiro governo de Lula.

Segundo dados do Inquérito Nacional sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19, do ano passado, 33,1 milhões de pessoas não tinham garantido o que comer no Brasil. O estudo apontou ainda que 58,7% da população convive com algum grau de insegurança alimentar.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.