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Magazine Luiza segue otimista apesar de base de comparação elevada no curto prazo, diz Goldman Sachs

14 set 2021, 10:56 - atualizado em 14 set 2021, 11:06
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A criação de novas categorias e as melhorias na experiência de atendimento são dois elementos-chave que o Magazine Luiza busca alavancar para aumentar ainda mais o crescimento e o envolvimento do usuário (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Executivos do  Magazine Luiza (MLGU3) reconheceram a exigente base de comparação para o resultado do terceiro trimestre em teleconferência com analistas, conforme relato da equipe do Goldman Sachs em relatório enviado a clientes no final da segunda-feira.

Ainda assim, a administração da companhia reiterou o foco na construção de um ecossistema digital por meio da integração de aquisições recentes com iniciativas de crescimento orgânico, segundo os analistas liderados por Irma Sgarz.

A criação de novas categorias e as melhorias na experiência de atendimento são dois elementos-chave que o Magazine Luiza busca alavancar para aumentar ainda mais o crescimento e o envolvimento do usuário.

As ações do Magazine Luiza acumulam em setembro uma perda de mais de 4%, mas na última sexta-feira fecharam com um tombo de quase 9%, o que chamou a atenção, com a B3 pedindo esclarecimento sobre as oscilações atípicas dos papéis.

“A companhia acredita que as oscilações atípicas podem ser atribuídas a notícias veiculadas pela imprensa ou por consultorias especializadas, que não têm relação direta com o Magalu e/ou com seus fundamentos de longo prazo”, informou a empresa na segunda-feira.

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As ações do Magazine Luiza acumulam em setembro uma perda de mais de 4%, mas na última sexta-feira fecharam com um tombo de quase 9% (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Entre as outras empresas do Ibovespa com forte atuação no e-commerce, Via (VIIA3) contabiliza uma perda de 11,45% e Americanas S.A. (AMER3) registra um acréscimo de 0,1% no acumulado de setembro.

A equipe do Goldman Sachs disse acreditar que a trajetória de crescimento do Magazine Luiza continua atraente, com ganhos de participação contínuos (orgânicos e inorgânicos) ajudando a compensar parte do impacto de um consumidor mais fraco.

Para os analistas, uma desaceleração temporária no crescimento anual da métrica GMV diante de bases de comparações difíceis e uma eliminação gradual dos pagamentos de estímulo era de se esperar, e não deve inviabilizar os fundamentos das ações.

O Goldman Sachs tem recomendação de compra para os papéis da companhia, com preço-alvo de 25 reais.

A equipe comandada por Irma Sgarz trabalha com um crescimento de cerca de 20% para o GMV de produtos próprios (1P) no terceiro trimestre ano a ano, ante expansão de 40% no segundo trimestre na mesma base de comparação.

O Goldman Sachs tem recomendação de compra para os papéis da companhia, com preço-alvo de 25 reais (Imagem: Site/Goldman Sachs_

Para os produtos terceirizados (3P), por outro lado, estimam que crescimento em ritmo semelhante ao do trimestre anterior, com alta de 56% do GMV no terceiro trimestre versus 63% no segundo, implicando um aumento consolidado de 30% ano a ano.

“Embora reconheçamos que pode haver riscos de baixa de um ambiente de demanda mais fraca, acreditamos que o impacto nas estimativas para o ano inteiro seria, neste ponto, limitado.”

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