Internacional

Mais cúpulas da UE podem ser necessárias para alcançar acordo sobre orçamento, diz Polônia

09 dez 2020, 9:09 - atualizado em 09 dez 2020, 11:16
Europa União Europeia
“Se não conseguirmos chegar a um acordo nos próximos dois dias…será necessário haver outro Conselho Europeu neste ano ou as negociações passarão para novas circunstâncias sob a presidência portuguesa”, disse Rau (Imagem: unsplash/@callmefred)

A Polônia e a Hungria aceitaram preliminarmente uma proposta de orçamento da União Europeia da presidência alemã da UE, e agora aguardam a aprovação da Holanda e de outros países membros céticos, disse uma autoridade sênior do governo polonês nesta quarta-feira.

A Polônia e a Hungria têm bloqueado 1,8 trilhão de euros em financiamento porque seus governos nacionalistas se opõem a uma cláusula que vincula a liberação de fundos ao respeito ao Estado de direito. A questão será discutida na quinta-feira em uma cúpula da UE, conhecida como Conselho Europeu.

“Estamos preliminarmente de acordo, mas há alguma pressão … o objetivo é que isso seja resolvido antes da cúpula da UE (na quinta-feira)”, disse a autoridade, falando sob condição de anonimato.

Um diplomata da UE em Bruxelas confirmou que as partes aguardavam uma confirmação final.

Um porta-voz do governo húngaro não respondeu imediatamente aos repetidos pedidos de comentários. Um porta-voz do governo polonês e o chefe da chancelaria do primeiro-ministro polonês se recusaram a confirmar a informação.

Um diplomata da UE em Bruxelas confirmou que as partes aguardavam uma confirmação final (Imagem: Pixabay)

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, e o líder do partido no poder, Jaroslaw Kaczynski, se encontraram com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, em Varsóvia, na terça-feira.

Orban disse que após a reunião há uma “boa chance” de chegar a um acordo nesta semana.

A UE há muito está em conflito com os governos nacionalistas de Varsóvia e Budapeste, que Bruxelas acusa de desrespeitarem as diretrizes do Estado de direito ao impor controle político sobre o Judiciário, a mídia e outras instituições.

A Polônia e a Hungria negam que suas políticas ameacem o Estado de direito e descrevem a questão como uma intromissão da UE em seus assuntos internos.

(Atualizada às 11h16)

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