Comprar ou vender?

Medo faz investidores em todo o mundo guardarem US$ 68 bilhões em dinheiro

28 maio 2021, 13:33 - atualizado em 28 maio 2021, 13:33
Mercados Ações
Os dados sinalizam que, embora as ações continuem a ser um instrumento de investimento muito procurado, investidores agora buscam alternativas (Imagem: Reuters/Regis Duvignau)

Investidores buscaram mais segurança na última semana e alocaram US$ 68 bilhões em posições em dinheiro, o maior valor desde abril de 2020, em meio aos temores de inflação e preocupação com os preços elevados das ações.

Os fundos de ouro – outro ativo de refúgio – registraram as maiores entradas em 16 semanas, de US$ 2,6 bilhões, disse o Bank of America em relatório. Mas as apostas em ações continuam, com cerca de US$ 18 bilhões em entradas na semana até 26 de maio, enquanto fundos de renda fixa receberam US$ 6,1 bilhões.

Os dados sinalizam que, embora as ações continuem a ser um instrumento de investimento muito procurado, investidores agora buscam alternativas, pois temem que a inflação afete o crescimento dos lucros e leve bancos centrais a apertarem a política monetária. Os índices acionários globais são negociados em níveis recordes, e fundos de renda variável registraram entradas de cerca de US$ 500 bilhões em 2021, o maior volume entre os principais ativos.

Alocação dos clientes de alto patrimônio líquido do banco em ações, como % do total dos ativos

(Imagem: Bank of America)

Estrategistas do BofA liderados por Michael Hartnett esperam retornos baixos a negativos nos próximos três a seis meses, citando o posicionamento de “pico”, políticas e os lucros entre os motivos.

Os clientes de alto patrimônio líquido do banco têm cerca de 64% dos ativos investidos em ações, 18% em títulos e 11% em dinheiro, de acordo com o relatório. Os investimentos em dinheiro estão abaixo da média de longo prazo, enquanto a alocação em ações é a maior desde pelo menos 2005.

Outros destaques semanais incluíram a maior entrada em fundos de ações europeus desde fevereiro de 2018, de US$ 2,8 bilhões, e as maiores saídas no período de três semanas de ações tecnologia desde março de 2019, de US$ 1,5 bilhão, segundo dados do BofA e EPFR Global. As ações do setor bancário registraram os maiores saques desde junho de 2020, totalizando US$ 600 milhões.

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