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Meitu, aplicativo de fotos listado em bolsa, adquire US$ 40 milhões em bitcoin e ether

08 mar 2021, 8:37 - atualizado em 08 mar 2021, 8:37
Meitu se torna a mais nova empresa com capital aberto a alocar em criptomoedas (Imagem: Meitu)

Meitu, aplicativo chinês de edição de fotos, listado na Bolsa de Hong Kong (HKEX), anunciou a compra de US$ 40 milhões em bitcoin (BTC) e ether (ETH).

Nesse domingo (7), Meitu afirmou ter adquirido, na última sexta-feira (5), 15 mil unidades de ETH e 379,12 unidades de bitcoin em transações no mercado aberto a um custo médio de US$ 22,1 milhões e US$ 17,9 milhões, respectivamente.

“Essas aquisições foram feitas em busca de um plano de investimentos anteriormente aprovado pelo comitê de diretores, sob o qual o Grupo poderia realizar uma aquisição líquida de até US$ 100 milhões em criptomoedas, financiada por suas reservas existentes de dinheiro em vez de [usar] receitas remanescentes da oferta pública inicial da Empresa”, de acordo com o anúncio do Meitu.

Fundado em 2008, Meitu é um dos aplicativos móveis mais populares na China, com uma capitalização de mercado de 11,7 bilhões de dólares de Hong Kong (ou US$ 1,5 bilhão).

Em junho de 2020, Meitu tinha 2,5 bilhões de yuans (US$ 384 milhões) em reservas financeiras líquidas e em dinheiro e tinha 295 milhões de usuários ativos mensais.

Cai Wensheng, presidente e CEO do Meitu, é conhecido por ser pró-bitcoin pois, em 2018, em uma entrevista, havia dito que possuía 10 mil BTC.

O anúncio desse domingo, com uma assinatura de Cai, afirma que o comitê do Meitu acredita que a tecnologia blockchain tem o potencial de abalar as indústrias financeiras e tecnológicas, assim como a internet móvel fez com a internet em computadores e muitos outros negócios off-line.

Nesse contexto, a empresa acredita que “criptomoedas têm muita chance de apreciarem em valor e, ao alocar parte de seu tesouro em criptomoedas, também pode atuar como uma diversificação à posse de dinheiro (sujeita à pressão depreciativa por conta de aumentos agressivos no fornecimento monetário por bancos centrais em todo o mundo) na gestão do tesouro”.

Meitu também é uma das primeiras empresas chinesas listadas em bolsa que se uniram à Square, Tesla e MicroStrategy na alocação em bitcoin como parte de sua estratégia de gestão de tesouro.

Segundo Cai:

[O bitcoin] possui diversas características que o permitem ser uma reserva boa e alternativa de valor, como sua limitação no fornecimento, sua cambialidade em fiduciária ou bens e serviços, portabilidade e seu potencial de atuar como uma proteção eficaz contra a depreciação de moedas fiduciárias devido ao aumento agressivo no fornecimento monetário por bancos centrais em todo o mundo.

Possivelmente, algumas dessas características até tornam o bitcoin em uma forma superior a outras reservas alternativas de valor, como o ouro, pedras preciosas e imóveis.

Por ser uma reserva alternativa de valor, seu preço é uma função de demanda futura, direcionada pelo consenso de investidores e do público geral.

Em relação a seu investimento em ether, Meitu destacou suas diversas atividades de aplicação a acionistas, incluindo finanças, jogos, redes sociais, arte e colecionáveis desenvolvidos no protocolo Ethereum:

Atualmente, o Grupo está avaliando a viabilidade de integração com tecnologias blockchain para seus diversos negócios no exterior, incluindo, mas não limitado a lançamentos de dapps desenvolvidas na Ethereum, bem como a identificação de projetos estrangeiros baseados em blockchain para possíveis investimentos.

Meitu acrescentou: “assim, a aquisição de ether é um preparo lógico para ambas as iniciativas”.

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