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Méliuz: aproveite a queda de 40% para comprar as ações, aponta BTG

25 ago 2021, 14:49 - atualizado em 27 ago 2021, 1:39
Méliuz
O banco elevou o preço-alvo da empresa de R$ 40 para R$ 60, o que implica alta de 48,5% (Imagem: Méliuz/Divulgação)

Mesmo com a queda de 40% no último mês, as ações da Méliuz (CASH3) seguem atraentes, aponta o BTG em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.

O banco elevou o preço-alvo da empresa de R$ 40 para R$ 60, o que implica alta de 48,5%, com recomendação de compra.

“CASH3 caiu 40% em agosto, o que à primeira vista pode indicar que algo ruim. Mas tudo parece bem. Meliuz abriu o capital a R$ 10 por ação em novembro do ano passado, e as ações já estão em alta de quase 170% no acumulado do ano”, argumentam os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura.

Para o trio, a transição entre uma empresa de cashback puro para um ecossistema mais completo provavelmente não será uma linha direta para o sucesso.

“Mas ainda acreditamos que pode ser transformador e a empresa está no caminho certo”, completa. 

Em entrevista ao Money Times, o diretor de Relações com Investidores do Méliuz, Luciano Valle, deixou claro que a intenção da companhia não é ser “apenas” uma empresa de cashback ou um banco.

“Rotular a gente como uma empresa de cashback é muito simples. Colocar a gente como um banco é também muito simples. O Méliuz quer ir além do cashback, além de banco”, afirmou. “A gente quer promover realmente o aspiracional dos nossos usuários dentro da nossa plataforma da forma mais fluida e simples possível”.

Os especialistas lembram que mesmo com a taxa impressionante no número de clientes ativos, o valor bruto de mercadoria (GMV, na sigla em inglês) do marketplace ficou aquém do consenso, crescendo “apenas” 8%.

“Meliuz afirma que está chegando a conhecer esses novos clientes e sinalizar que muitos estão comprando itens de menor valor, o que também impactou a taxa de take”, completam.

Segundo eles, a companhia vem expandindo suas operações por meio de fusões e aquisições e contratando ótimos funcionários, considerando que chegou até o IPO (Oferta Pública de Ações, em português) com “apenas” R$ 30 milhões em investimentos e uma equipe pequena de 140 profissionais.

“A equipe é brilhante, jovem e apaixonada, e acreditamos, com uma grande base de clientes pronta para se envolver mais”, pontuam. 

Apesar dos resultados terem ficado aquém do esperado, a XP manteve a recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 48. (Imagem: Divulgação)

Tropeça mas não cai

Os resultados do segundo trimestre do ano representaram um desvio no caminho para o crescimento do Méliuz (CASH3), na opinião da XP Investimentos. Para a corretora, a empresa apresentou números operacionais fracos.

A receita líquida, considerando a integração das empresas recentemente adquiridas (Picodi, Promobit e Melhor Plano), totalizou R$ 54,5 milhões, mais que o dobro do segundo trimestre de 2020, mas ainda abaixo das estimativas dos analistas. A XP projetava R$ 56 milhões para essa linha, desconsiderando aquisições.

Da receita total, R$ 46,1 milhões são referentes ao shopping e R$ 8,4 milhões aos serviços financeiros.

Apesar dos resultados terem ficado aquém do esperado, a XP manteve a recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 48.

“Reiteramos que a empresa ainda apresenta fundamentos sólidos para um sucesso de longo prazo”, defendeu a corretora, que enxerga a companhia como o melhor veículo para capturar a concorrência agressiva nos setores de e-commerce e financeiro.

Ágora Investimentos adotou um tom mais neutro para os resultados. A equipe de análise recebeu bem os números de receita e estima que, no futuro, essa linha vai ganhar mais fôlego.

“Acreditamos que as receitas devem continuar a ganhar ainda mais fôlego à medida que a empresa aumenta suas receitas de serviços financeiros (com o AcessoBank) e as próprias receitas de marketplace com a aceleração e engajamento dos usuários nas operações locais e Picodi (internacional)”, comentou Luiza Mussi, autora do relatório publicado na segunda-feira e obtido pelo Money Times.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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