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Méliuz (CASH3): Eventual cisão abre espaço para empresa ser vendida, dizem analistas

25 out 2022, 13:58 - atualizado em 25 out 2022, 14:03
Méliuz Ibovespa Mercados Ações
Objetivo da Méliuz com a potencial cisão da Bankly é liberar todo o potencial dos negócios (Imagem: Meliuz/Divulgação)

As ações da Méliuz (CASH3) sobem 4,67%, a R$ 1,12, por volta das 12h10 do pregão desta terça-feira (25).

Os papéis refletem o anúncio de segunda-feira (24) sobre o início dos estudos para a segregação das operações de soluções de pagamento e banking as a service, sob a marca Bankly.

A operação envolve a possibilidade de listagem das ações do Bankly como independente, o que se destaca como positivo para o mercado. Enquanto ainda presta seus serviços ao Méliuz, a empresa ainda pode obter capital adicional para suas estratégias, sem diluir acionistas da companhia de cashback.

Além disso, os analistas do BTG enxergam que a eventual cisão pode abrir espaço para que o negócio central da Méliuz seja vendido para um player estratégico.

O estudo deve ser concluído até o final deste ano, avaliam.

O BTG Pactual tem recomendação compra para CASH3, com preço-alvo em R$ 2. Já o Itaú BBA vê o papel operando com desempenho acima da média do setor (outperform) e elege o alvo em R$ 3,30 para o final de 2022 — o que implica uma alta de cerca de 208%.

O que esperar da eventual cisão?

De acordo com a Méliuz, o objetivo da potencial transação é liberar todo o potencial do negócio de soluções bancárias e de pagamentos da empresa, permitindo que eles operem de forma autônoma, com uma gestão independente focada em seus respectivos modelos de negócios.

Embora a estrutura de segregação ainda não esteja definida, isso também pode permitir que eles alcancem novo capital para financiar cada estratégia separadamente, afirmam Renan Manda e Matheus Guimarães, da XP Investimentos.

Além disso, a cisão pode dar aos seus atuais acionistas mais flexibilidade para investir em qualquer um dos veículos, que possuem dinâmicas muito diferentes, separadamente.

Pedro Leduc e equipe do Itaú BBA estimam que a Bankly deve fechar 2022 com cerca de R$ 70 milhões em receita, o que deve dobrar em 2023 à medida que produtos e clientes ganham força.

“Isso tem um custo, no entanto, e a Bankly pode ou não participar do risco de crédito, o que exigiria capital. Uma entidade independente com sua própria governança e formas adicionais de angariar fundos podem ajudar a acelerar o crescimento”, avaliam.

O BTG ainda destaca que, além de desbloquear valor para os acionistas, a cisão pode ajudar a atrair mais investidores interessados ​​exclusivamente em Bankly ou Méliuz, possibilitando a venda, total ou parcial, do negócio central da Méliuz.

Os desafios

Segundo o Itaú BBA, a base de receita ainda baixa do Bankly pode ser um desafio em um eventual caminho de oferta pública inicial (IPO), à medida que os mercados apreciam nomes mais líquidos, abrindo mais espaço para parceiros estratégicos.

Além disso, as avaliações independentes do Bankly variam amplamente. Os investidores também precisarão de uma compreensão clara da governança em relação às partes relacionadas.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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