Mercados

Mercado aprova novo arcabouço fiscal? EWZ tem forte alta; entenda

30 mar 2023, 8:11 - atualizado em 30 mar 2023, 8:12
Haddad
Novo arcabouço fiscal prevê que as despesas públicas não poderão crescer mais do que 70% da variação da receita, e ainda terão um limite máximo de expansão anual. (Imagem: Washington Costa/MF)

O Ishares MSCI Brazil ETF (EWZ), principal fundo de índice do mercado brasileiro em Nova York, operava em alta firme no pré-mercado dos Estados Unidos, em uma indicação de que o Ibovespa deve ter uma quinta-feira (30) de pregão positivo, após a revelação de como será o novo arcabouço fiscal.

Por volta das 7h45 (horário de Brasília), o fundo de índice avançava 1,81%, a US$ 27,50, em meio a uma alta dos índices futuros em Nova York, ao ganhos do petróleo e ao pregão positivo para o minério de ferro, com os ADRs de Vale e Petrobras subindo. Na véspera, o EWZ avançou 1,24%.

O CIO TAG Investimentos, Dan Kawa, destaca que o Ibovespa pode ter um dia positivo porque o arcabouço fiscal é um tema sensível para o mercado local, embora diz considerar que não está “mais otimista estruturalmente” e que o projeto apresentado “não é o melhor modelo do mundo”.

“Na atual conjuntura, com os mercados locais ‘amassados’, com valuations (na média) atrativos e uma posição técnica saudável, não duvido que o mercado se anime com este anúncio”, disse em relatório matinal.

“Qualquer arcabouço fiscal seria de difícil execução”, afirma. “O próprio Teto do Gastos, que sempre foi visto como um excelente avanço institucional, se mostrou frágil em um momento de maior fragilidade do país”.

Para o analista, proposta apresentada pelo governo “parece de simples entendimento e a matemática, a princípio, funciona”. “As condições de contorno do mercado internacional também estão mais favoráveis aos ativos do Brasil”, destaca.

O que quer o governo?

O novo arcabouço fiscal que será apresentado pelo ministro da Fazendo, Fernando Haddad (PT), vai prever que as despesas públicas não poderão crescer mais do que 70% da variação da receita, e ainda terão um limite máximo de expansão anual.

Além disso, a nova regra fiscal tem como objetivo zerar o déficit fiscal no próximo ano e atingir um superávit primário de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026, mas haverá bandas para essas metas, informou a Reuters.

Segundo fontes da agência de notícias, o arcabouço é uma regra de gasto combinada com meta de superávit primário, com mecanismos de ajuste em caso de não atendimento. Na prática, isso fará com que a despesa cresça sempre menos que a receita.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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