Internacional

Mercado espera juros do Fed acima de 4% para voltar à renda fixa

14 set 2022, 11:57 - atualizado em 14 set 2022, 11:57
Fed
Se o Fed elevar sua taxa de referência para até 4,5%, isso pode ajudar a puxar boa parte da curva de juros de volta a níveis não vistos há mais de uma década (Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst)

A possibilidade de juros a 4% ou até mais nos EUA coloca em foco a questão de quando e como os investidores devem voltar ao mercado de renda fixa após os Treasuries americanos sofrerem uma de suas piores derrocadas em décadas.

Com a inflação acima do esperado, o mercado agora aposta que o Federal Reserve elevará sua taxa de referência para até 4,5% no início do ano que vem. Se isso acontecer, pode ajudar a puxar boa parte da curva de juros de volta a níveis não vistos há mais de uma década e oferecer um yield atrativo em um momento em que ativos de risco, como ações, podem estar sob mais pressão.

Mas como entrar no mercado enquanto os yields ainda sobem, sem saber até onde a taxa básica pode chegar antes de estacionar e cair, ou se os títulos vão se recuperar ao longo de toda a curva? São questões-chave que os investidores precisam resolver.

“Definitivamente, tem sido um ano difícil em renda fixa”, disse Mohit Mittal, gestor da Pimco. Para evitar mais problemas, ele diz que é melhor esperar até que o Fed chegue a 4% e depois adicionar “exposição a vencimentos mais curtos em crédito de alta qualidade e notas de taxa flutuante”.

A faixa-alvo do banco central americano é atualmente de 2,25% a 2,50% e o mercado de swaps está precificando um aumento de pelo menos 0,75 ponto percentual na próxima reunião de política monetária na semana que vem, com mais aumentos além disso. Os yields do Tesouro americano estenderam seu avanço na quarta-feira, com o rendimento de referência de cinco anos chegando a 3,65%, o maior nível desde 2008.

O mercado atualmente aponta para um pico na taxa do Fed por volta de março de 2023, e que o banco central pode precisar aliviar a política monetária depois disso, à medida que os juros mais altos começam a afetar o crescimento. Uma inversão cada vez mais profunda da curva, vista por muitos como um prenúncio de recessão, ajudou a reforçar essa visão mais pessimista sobre a atividade econômica.

Gargi Chaudhuri, chefe de estratégia de investimento da iShares para as Américas na BlackRock, disse que o recente aumento nos rendimentos do Tesouro americano criou oportunidades lucrativas e que suas principais apostas até o final do ano devem ser na ponta curta da curva e crédito de alta qualidade.

Isso talvez seja ainda mais atraente em um momento em que as ações e outros ativos mais propensos ao risco estão começando a parecer um pouco instáveis.

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