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Mercado vê repeteco de “espiral negativa” do 2º mandato de Dilma e espera rali de Natal

17 nov 2021, 14:25 - atualizado em 17 nov 2021, 14:25
Mercados
Analistas veem uma solução para a incerteza fiscal ainda em novembro e esperam por um rali de final de ano (Imagem: Pixabay/sergeitokmakov)

Os mercados têm observado uma conjunção de fatores que lembram o segundo mandato de Dilma Rousseff, em que uma “espiral negativa” de juros altos e inflação derrubou a Bolsa e, por fim, culminou no impeachment da ex-presidente.

Segundo Fernando Siqueira, gestor da Infinity Asset, o Ibovespa (IBOV) tem sofrido muito com a inflação e os seus estragos na economia, como a alta de juros e a piora nas expectativas de crescimento, o que contribui para a saída de recursos da Bolsa.

E, em segundo lugar, também com a dinâmica fiscal muito ruim dos últimos meses, com a expectativa de quebra do Teto de Gastos.

“Isso fez o Brasil entrar numa espiral negativa com o aumento de prêmio de risco na curva de juros, depreciação do real e elevação das expectativas de inflação”, explica ele em entrevista ao Money Times.

“É muito parecido com que a gente viu no segundo mandato da Dilma”, disse.

Siqueira ressalta ainda que este processo já chegou ao final. “Os preços já caíram bastante. Agora temos uma visibilidade sobre como será o resultado fiscal de 2022, pois agora a PEC já foi aprovada na Câmara”.

Bolsa barata

Em um relatório enviado a clientes ontem, a Órama Investimentos também avalia que o curto prazo pode ser mais calmo adiante.

“Caso a celeuma política envolvendo ‘teto dos gastos’ e a ‘PEC dos precatórios’ seja resolvida ainda em novembro, poderemos observar um rali de fim de ano, com o índice tentando buscar entre 116 e 117 mil pontos”, aponta a corretora.

Para 2022, a Órama manteve o alvo do Ibovespa para 134 mil pontos, a despeito da visão de que será um ano com enorme volatilidade, em meio ao calendário eleitoral.

“Pelo desconto excessivo, acreditamos factível uma elevação no P/L para patamares de 10x”, conclui.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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