Perspectiva Semanal

Mercados iniciam primeira semana de março com sinais trocados aos investidores

05 mar 2023, 11:00 - atualizado em 05 mar 2023, 11:10
Mercados iniciaram o novo mês com dias agitados e não há nada que permita afirmar que a primeira semana cheia de março será calma (Imagem: pexels/ Montagem: Julia Shikota)

Os primeiros dias do novo mês foram para lá de agitados no mercado financeiro. A queda do PIB brasileiro na reta final de 2022 serviu de munição para um novo ataque ao Banco Central. O atual patamar da taxa Selic e Roberto Campos Neto voltaram a ser alvo. 

Ambos estão na mira do presidente Lula, de sua equipe econômica e da ala política do PT há algum tempo. Como se não bastasse, a discussão sobre os dividendos da Petrobras e o novo pedido de recuperação judicial da Oi também agitaram os ativos brasileiros nos últimos dias. 

Combinados, esses temas deixaram os mercados domésticos com sinais trocados. Esse fluxo negativo de notícias e declarações contaminou o humor dos investidores

Porém, também houve uma luz no fim do túnel. A vitória declarada de Fernando Haddad na questão dos combustíveis alimentou esperança em relação ao novo arcabouço fiscal.

Mercados se preparam para mais pressão

Há expectativa é de que o conjunto de regras fiscais do país seja conhecido antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no fim deste mês. Mas até lá, a queda de braço entre governo e BC deve ter novas rodadas. 

Ao mesmo tempo, a política de preços da Petrobras deve ser alterada assim que o governo retomar o controle da estatal, em abril. E não é só. A distribuição de proventos aos acionistas passará a ser dividida, com metade do valor indo para investimentos

Já os mercados internacionais continuam se ajustando à perspectiva de juros mais altos por mais tempo. Enquanto nos Estados Unidos, a discussão sobre uma taxa terminal próximo a 6% começa a ganhar corpo, na zona do euro  já há consenso de juros de 4%.

Portanto, não dá para afirmar, de antemão, que a primeira semana cheia de março será mais calma. Afinal, isso tem sido algo raro nos últimos meses, tanto aqui quanto lá fora

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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