Mesmo após rali, ações da Taesa seguem atrativas e com dividendo que humilha Selic

As ações da transmissora de energia elétrica Taesa (TAEE11) ainda podem reservar ganhos atrativos, mesmo após os papéis da companhia terem passado por um rali, aponta o BB Investimentos, que também considera em sua avaliação o desempenho da elétrica no terceiro trimestre deste ano.

No intervalo de julho a setembro, a transmissora registrou lucro líquido de R$ 631,9 milhões, com alta de 76,6% na comparação ano a ano, enquanto analistas projetavam em média ganho de 225,40 milhões, segundo dados da Refinitiv.

O próprio CEO da empresa, Marco Antônio Faria, revelou que a Taesa pretende expandir suas operações, aproveitando oportunidades que devem surgir à medida que a indústria tende a se tornar mais consolidada e focada em grupos mais especializados nos próximos anos.

Com a atualização do modelo de análise, o BB estima o preço alvo de R$ 35,00 para as units (TAEE11) até o fim de 2021, que implicam num potencial de valorização de 6,6%, se considerado o valor médio da cotação nesta semana.

“Estimamos também um retorno por dividendos até o fim de 2021 de 8,6% que, somado ao potencial de valorização esperado, implica em uma expectativa de retorno total ao acionista de 15,2% no período”, destaca o anlista Rafael Dias, lembrando que a taxa Selic está hoje em sua mínima histórica a 2% ao ano.

Ao cabo, o banco de investimentos reduziu de compra para neutra sua recomendação para as units da Taesa, diante do recente rali observado no papel, mesmo considerando que o retorno citado supera o custo de capital próprio que se estimou para a companhia e que são baixos os riscos associados ao cenário base.