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MGLU3, BHIA3, PETZ3 ladeira abaixo: O que empurra varejista para o vermelho nesta terça

03 out 2023, 17:30 - atualizado em 03 out 2023, 17:54
Magazine Luiza
De acordo com analistas, o que azedou o humor dos mercados foi a divulgação dos dados de empregos nos Estados Unidos (Imagem: Divulgação)

A disparada dos títulos americanos, os chamados Treasuries, fez estragos nas varejistas na sessão desta terça-feira (3) do Ibovespa.

Os rendimentos dos Treasuries renovavam as máximas de 16 anos, com o título de 10 anos avançando a 4,8007%. Aqui no Brasil, os juros futuros com vencimento em 2032 subiam 0,24%.

Com isso, os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) despencaram 8,46%, renovando as mínimas do ano, a R$ 1,84. Já a Casas Bahia (BHIA3) caiu 7,94%, enquanto a Petz (PETZ3) recuou 6,52%.

De acordo com analistas, o que azedou o humor dos mercados foi a divulgação dos dados de empregos nos Estados Unidos, mais fortes do que o esperado.

Isso reforça a leitura de que o Federal Reserve manterá os juros mais altos por mais tempo.

“Esse fantasma ainda ronda o mundo. O dólar DXY vem subindo nos últimos dias também e os investidores ficam obviamente com medo da estabilidade econômica, principalmente porque juros lá em cima mostram que a inflação está alta e descontrolada, o que não é bom para nenhuma economia”, explica Rodrigo Cohen, analista da Escola de Investimentos.

Elcio Cardozo, da Matriz Capital, explica que nas últimas semanas, os juros futuros no Brasil apresenta o mesmo movimento dos Treasuries americanos, que opera em seguidas altas, em patamar recorde para os últimos 15 anos.

“Este movimento dos treasuries nos EUA vem ditando o ritmo dos mercados de juros pelo mundo. Com a valorização dos títulos americanos, o dólar tende a performar positivamente frente às demais moedas do mundo, não apenas em relação ao real”, explica.

Casas Bahia: Nem boa notícia salva

Mais cedo, a Casas Bahia informou que detentores de certificados de recebíveis de imobiliários (CRIs) da securitizadora Opea decidiram não cobrar antecipadamente o pagamento dos títulos pela empresa.

No entanto, a empresa ofereceu aos detentores dos certificados uma remuneração adicional dos CRIs, além de pagamento de prêmio. Com isso, por volta das 11h25, as ações da empresa recuavam 1,6%, a R$ 0,62.

Detentores dos CRIs votaram por não cobrar antecipadamente o pagamento da dívida depois que a S&P cortou a nota da 20º emissão de CRIs da Opea Securitizadora, de “brAA-” para “brA-“.

A notícia representa certo alívio para a companhia, já que o pedido de antecipação do CRI poderia acionar a cláusula de antecipação de outras debêntures – o qual totalizaria um montante de aproximadamente R$ 3,2 bilhões os quais poderiam ser antecipados de forma imediata, segundo a Genial.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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