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Micro e pequenas empresas estão à frente de grandes em ESG

28 mar 2022, 7:51 - atualizado em 28 mar 2022, 7:51

 

Magazine Luiza
Mas há médias e grandes empresas que também foram muito bem avaliadas, como, por exemplo, Magazine Luiza, Liv Up, Sabin e Banco Inter (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

Os princípios ESG (ambientais, sociais e de governança) podem parecer restritos a grandes corporações, mas estudo realizado com 300 companhias mostra que as micro e pequenas empresas têm uma performance 46% melhor do que médias e grandes nos temas relacionados à “nova economia“, que inclui a sigla.

A pesquisa “Melhores para o Brasil”, da Humanizadas, obtida com exclusividade pelo Estadão, avalia a qualidade das relações que as empresas mantêm com clientes, colaboradores, lideranças, fornecedores e a sociedade.

“No geral, é mais fácil para uma empresa com 5 ou 20 colaboradores nutrir uma cultura saudável, ter um ambiente de segurança psicológica e cuidar da sustentabilidade do que uma empresa com 30 mil ou 100 mil colaboradores”, explica Pedro Paro, CEO da Humanizadas, empresa de inteligência de dados que conduziu a pesquisa. Paro explica que, quando uma organização cresce, os níveis hierárquicos crescem junto, aumentando a complexidade na gestão, o que interfere no tempo de resposta aos erros.

Mas há médias e grandes empresas que também foram muito bem avaliadas, como, por exemplo,Magazine Luiza (MGLU3), Liv Up, Sabin e  Banco Inter (BIDI11).

Para chegar às notas, que variam entre 11 níveis evolutivos (de AAA a E, sendo o primeiro o mais elevado), a Humanizadas realizou uma pesquisa online com 80 mil pessoas ligadas às empresas pesquisadas. Das 300 avaliadas, 200 tiveram notas acima de BBB, nível considerado de alta qualidade. Entre as avaliadas, 31% são micro (até 19 colaboradores); 33% pequenas (até 99); 26% médias (até 999) e 10% grandes (mais de 1 mil).

Termômetro 

A microempresa Ana Health decidiu participar da pesquisa para ter uma avaliação de pontos de melhoria, a partir do olhar externo, e é uma das avaliadas com nota A.

Com um modelo de negócio primordialmente B2B (que tem como cliente final outra empresa), a organização oferece assistência de saúde online para os colaboradores das contratantes.

Para a empresa, a boa avaliação é resultado do próprio modelo de negócio combinado com a sensação de propósito desenvolvida entre os colaboradores. “A gente quer ter uma empresa em que as pessoas acordem na segunda-feira e queiram trabalhar, então sempre pensamos na cultura”, diz Olivio Souza, sócio ao lado de Vinicius Molina e Victor Macul.

A empresa existe há um ano e possui 13 funcionários. Neste mês, chegou à marca de atuação em 16 Estados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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