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Mineração de bitcoin poderá atingir 130 milhões de toneladas em 2024 na China

07 abr 2021, 14:56 - atualizado em 07 abr 2021, 14:56
Ainda há tempo de reverter a situação? O que acontecerá se a China permitir a mineração de criptomoedas apenas com a queima de carvão? (Imagem: Unsplash/bmatangelo)

A China é conhecida por dominar o mercado de mineração de bitcoin (BTC) por conta da quantidade de fazendas na região, mas muitos se preocupam com o aspecto de sustentabilidade dessa atividade.

Segundo um estudo publicado pelo jornal científico Nature, intitulado “Avaliações políticas para fluxos de emissão de carbono e sustentabilidade da operação do blockchain Bitcoin na China”, o país poderá gerar 130,5 milhões de toneladas métricas de emissões de carbono até 2024.

Isso seria equivalente a 14% do rastro anual de carbono deixado por aviões, noticia o Decrypt.

O estudo foi publicado por Shangrong Jiang — membro da Universidade da Academia Chinesa de Ciências (UCAS) de Pequim — e outros seis pesquisadores.

De acordo com eles, “o consumo crescente de energia e as emissões de carbono relacionadas à mineração de bitcoin podem prejudicar iniciativas de sustentabilidade global”.

Caso a mineração de bitcoin na China atingisse os níveis previstos pelo estudo, suas emissões de carbono iriam exceder as de outros países, como a República Tcheca e o Catar.

O estudo recomenda a migração da chamada “política fiscal e punitiva de carbono” na China para uma política de regulamentação de locais, pois seria um meio mais eficaz de limitar a emissão de carbono.

“Mineradores precisam de energia e, embora a energia renovável são a preferência, dada a longevidade e os baixos preços, se carvão for a única opção fornecida por autoridades, qual escolha eles [mineradores] terão?”, disse Jason Deane, analista de bitcoin na Quantum Economics.

Sem intervenções políticas, o consumo anual de energia do blockchain Bitcoin na China poderá atingir 296 terawatts por hora (TWh) até 2024 — o dobro do consumo atual da rede, afirma o estudo.

Para entender a quantidade de energia necessária para o processamento da rede Bitcoin, a Universidade de Cambridge criou um Índice de Consumo Elétrico do Bitcoin (CBECI).

CBECI
Consumo elétrico anual do Bitcoin por terawatt/hora (Imagem: Cambridge University)

Hoje, a estimativa anual está em 137 TWh. Isso significa que o protocolo consome mais energia do que a Argentina. Decrypt afirma que, se o Bitcoin fosse um país, estaria dentre os 30 que mais consomem energia no mundo.

Confira, abaixo, o estudo “Avaliações políticas para fluxos de emissão de carbono e sustentabilidade da operação do blockchain Bitcoin na China”:

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