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Por que Mitre (MTRE3) desaba após lucro disparar no 4T23 e dividendos?

15 mar 2024, 15:23 - atualizado em 15 mar 2024, 18:31
Ibovespa, Ações, Investimentos, Selic
Ações da Mitre despencam após analistas veem os números como acima das estimativas; recomendação segue neutra (Imagem: Unsplash/Ussama Azam)

As ações da Mitre Realty (MTRE3) desabaram 16% nesta sexta-feira (15) com investidores reagindo muito mal aos resultados do quarto trimestre de 2023, no qual o lucro disparou.

Com isso, a construtora do segmento de média/alta renda anunciou o pagamento de dividendos, de quase R$ 15 milhões (veja quando receber).

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Diante do tombo no pregão de hoje, os papéis da empresa de construção civil engataram três dias de perdas e fecharam a semana com o pior desempenho do setor (-13%).

A Mitre fechou 2023 com lucro líquido de R$ 90,3 milhões, salto de 159,5% ante 2022. A receita líquida cresceu 22,1% na base anual, para R$ 926,3 milhões.

Resultados dentro do esperado e recomendação neutra para Mitre

Os analistas de real estate do BTG Pactual, Elvis Credendio e Gustavo Cambauva, comentam que os resultados do quarto trimestre da Mitre ficaram acima da estimativa do banco. “O lucro foi impulsionado por um ganho de R$ 17 milhões com a venda não esperada de três empreendimentos”, dizem.

Contudo, eles destacam o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) da companhia que, para eles, permanecerá fraco no curto prazo, pressionado por margens fracas e endividamento acima da média. No trimestre, o ROE foi de 5,5%.

Diante disso, o BTG reiterou a recomendação neutra para MTRE3, com preço-alvo de R$ 7,00.

O analista do Itaú BBA, Daniel Gasparate, também vê os números alinhados com as projeções do banco, com destaque para a receita líquida.

Entretanto, ele acredita que a margem bruta continua pressionada. “A empresa reiterou o seu compromisso de devolver a margem bruta aos níveis históricos”, pondera.

O BBA também segue neutro com as ações de Mitre e tem preço-alvo de R$ 4,50.

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Por outro lado, o Bradesco BBI manteve a sua recomendação de compra, mas vê os números dos três últimos meses de 2023 como mistos.

“Os números foram adequados, com o balanço permanecendo pressionado em meio a alavancagem de 44%. Contudo, a companhia deve entregar seis projetos no primeiro trimestre deste ano, o que pode ajudar a alavancagem de caixa”, diz o analista do BBI, Bruno Mendonça.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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