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Morgan Stanley fornece detalhes de como se deu a evolução do impacto cripto do banco

04 fev 2021, 11:40 - atualizado em 04 fev 2021, 11:47
Em entrevista ao podcast Base Layer, o líder de mercados cripto no Morgan Stanley deu detalhes do progresso do banco em relação a criptoativos (Imagem: REUTERS/Shannon Stapleton)

Um rali de bitcoin está com força total desde o quarto trimestre de 2020 mas, diferente do ciclo anterior, grandes instituições financeiras estão prestando mais atenção na criptomoeda.

O Morgan Stanley não é exceção.

Em entrevista recente ao podcast Base Layer, apresentado por David Nage, diretor da empresa de investimentos cripto Arca, Andrew Peel, líder de mercados cripto no Morgan Stanley, destacou a jornada cripto do banco.

Peel, que entrou para a empresa em 2018, afirmou que Morgan Stanley — mais conhecido por seus negócios de consultoria financeira e investimento bancário — explorou como poderia fornecer a seus clientes um produto de swap baseado em futuros de bitcoin.

Na verdade, em setembro de 2018, a Bloomberg noticiou que a empresa iria fornecer negociação de derivativos ligados a cripto.

No podcast, Peel contou:

Eu entrei em 2018 — a ideia inicial era supervisionar o lançamento de um produto baseado em swaps ligado aos futuros de bitcoin da CME e do CBOE.

Discutimos a opinião de que bitcoin e cripto, mais especificamente, iriam se tornar uma classe mais institucional de ativos e discutimos algumas das expectativas de como essa classe de ativos iria evoluir bem no fim da febre do varejo em 2017.

Felizmente, para mim, na época, a administração sênior do Morgan Stanley tinha uma visão sobre esse setor, e não apenas sobre o bitcoin, mas o amplo mercado de criptoativos poderia se tornar um assunto que evolui para algo sobre o qual precisamos ter certo conhecimento.

Em setembro de 2017, James Gorman, CEO do Morgan Stanley, está entre os poucos líderes de Wall Street que defende o bitcoin. Na época, ele disse que criptomoedas eram “mais do que apenas uma moda passageira”.

Morgan Stanley acabou não lançando o produto de swap, mas realizou diversas discussões com clientes sobre a possibilidade. Peel contou a Nage que a empresa viu mais interesse “significativo” em bitcoin de serviços de finanças tradicionais desde o fim de 2020.

“Eu acho que está definitivamente correlacionado com o preço à vista e a atividade de mercado em geral”, explicou Peel. “O interesse e o foco são uma consequência da ação de preço.”

Em relação ao que está acontecendo agora, Morgan Stanley está trabalhando com corretoras europeias e reguladas para entender como contratos autônomos e a tecnologia de registro distribuído (DLT) podem automatizar certos processos e estruturar certos produtos, segundo uma fonte inteirada sobre as operações do banco.

Desde 2018, existe um grande foco de players tradicionais de serviços de infraestrutura financeira na evolução da infraestrutura do mercado financeiro. 

Então, estou envolvido com alguma das maiores iniciativas de corretoras europeias, que visam usar DLT, contratos autônomos, processos automatizados de certos acontecimentos de ciclos de vida para produtos.

A capacidade de implementar a funcionalidade do evoluído mundo cripto na infraestrutura financeira tradicional.

Diferente de outros grandes bancos — como Goldman Sachs e JPMorgan —, Morgan Stanley não está explorando a custódia de criptoativos, segundo uma fonte.

Em um artigo opinativo do Financial Times em dezembro de 2020, Ruchir Sharma, estrategista-chefe de gestão global de investimentos do Morgan Stanley, escreveu que o bitcoin “está começando a progredir suas ambições para substituir o dólar como um meio de troca”.

Ruchir trabalha no braço de investimentos da empresa enquanto Peel fornece informações sobre vendas e negociação.

“Ao longo de 2020, vimos uma grande evolução do setor em termos de players significativos — ou “lendas macro”, se preferir, surgindo para divulgar seu suporte ao bitcoin como uma proteção à inflação”, disse Peel.

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