Segurança

MPF do Rio intima Flávio Bolsonaro para depor sobre vazamento da operação Furna da Onça

19 jun 2020, 20:38 - atualizado em 19 jun 2020, 20:38
Flávio Bolsonaro
Segundo o MPF-RJ, a intimação seguiu para a Procuradoria-Geral da República, por conta da prerrogativa de foro do parlamentar (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O senador Flávio Bolsonaro foi intimado pelo Ministério Público Federal do Rio para depor em um procedimento investigatório criminal que apura um suposto vazamento da operação Furna da Onça, em 2018, que descobriu o esquema de rachadinha na Alerj.

Segundo o MPF-RJ, a intimação seguiu para a Procuradoria-Geral da República, por conta da prerrogativa de foro do parlamentar.

A intimação tem como base a denúncia feita em entrevista pelo empresário Paulo Marinho de que o senador, à época deputado estadual do Rio, tomou conhecimento da operação antes dela acontecer. A informação teria sido passada por um delegado da Polícia Federal.

Duas investigações sobre a denúncia ocorrem no Rio, sendo uma na PF e outra no MPF. À época da operação, em 2018, houve a suspeita de vazamento, mas a PF arquivou a apuração por falta de provas.

“A investigação faz parte do procedimento que apura declarações feitas pelo empresário Paulo Marinho de que o senador Flávio Bolsonaro teria tido conhecimento prévio da operação que trouxe à tona as movimentações atípicas nas contas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz”, informou o MPF do Rio de Janeiro.

“Tais movimentações apontam para a retenção indevida de parte das gratificações recebidas por funcionários de gabinetes da Assembleia Legislativa, a denominada rachadinha.”

Ainda não há uma data para o depoimento e o MPF não sabe se o senador terá que comparecer presencialmente à oitiva ou se poderá fazer isso por documento.

“Em virtude do foro por prerrogativa de função, o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial no Rio solicitou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, encaminhe a intimação. Flávio Bolsonaro terá 30 dias, a contar do recebimento, para marcar o depoimento”, informou o MPF.

Procurada, a assessoria de Flávio Bolsonaro não se manifestou de imediato.

Fabrício Queiroz, que seria o coordenador do esquema de rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, foi preso na quinta-feira no interior de São Paulo. Ele estava em um imóvel que pertence ao advogado do senador e muito próximo à família Bolsonaro.

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