Multilaser é uma boa alternativa para momentos de crise, avalia Itaú BBA

09 set 2021, 14:50 - atualizado em 09 set 2021, 15:06

O Itaú BBA iniciou a cobertura das ações da fabricante de produtos eletroeletrônicos Multilaser (MLAS3) com recomendação de compra e preço-alvo ao fim de 2022 de R$ 14,70. Na opinião dos analistas, a empresa é uma boa alternativa aos cenários de maior incerteza na economia.

“Por conta dos baixos preços praticados, a Multilaser é capaz de capturar mudanças no padrão de consumo em momentos de contração de renda, além de beneficiar-se da diferença de preços em relação aos concorrentes à medida que o real se desvaloriza frente ao dólar“, disse a equipe de análise do Itaú BBA, em relatório divulgado no início do mês.

Um exemplo usado pelos analistas é o ano de 2016, quando o PIB brasileiro contraiu 3,3%, enquanto as receitas da Multilaser registraram crescimento de 39%.

A resiliência do nome em momentos de crise se deve a um portfólio diversificado. A empresa está presente em diversos setores. Seu catálogo conta com mais de 5 mil itens e é renovado constantemente. O ritmo de lançamentos da Multilaser é bem acelerado, chegando a uma média de cinco itens novos por dia.

Rede ampla

A Multilaser tem a seu benefício a ampla gama de vendedores. Eles somam mais de 1,2 mil e atendem cerca de 29 mil estabelecimentos espalhados em todo território brasileiro.

A rede da companhia também abrange nove parcerias de escala global. Sony, Nokia e Toshiba são algumas marcas que fazem parte do universo da Multilaser.

O Itaú BBA destacou que a Multilaser está firmando novas parcerias com empresas globais, criando uma “opcionalidade interessante” para a tese de investimento da companhia.

De olho no pós-pandemia

Apesar de projetar um crescimento médio de lucro de 25% entre 2020 e 2023 para a empresa, o Itaú BBA enxerga alguns riscos no modelo. Um deles é o pós-pandemia. Os analistas estão atentos ao comportamento das vendas da Multilaser, que se beneficiou de uma demanda maior nos períodos de restrições mais severas e com as pessoas adotando o regime de home office.

“Hoje, é difícil prever como essa demanda vai se comportar no pós-pandemia”, afirmaram.

Por Diana Cheng

Editora-assistente

Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.

[email protected]