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Multiplan, Iguatemi, brMalls e Aliansce Sonae: como serão os resultados dos shoppings?

27 jul 2021, 20:18 - atualizado em 27 jul 2021, 20:29
RibeirãoShopping MULT3
Segundo o analista, a Multiplan terá e uma recuperação sólida nos seus principais indicadores operacionais

Os shoppings deverão apresentar resultados positivos no segundo trimestre em meio à recuperação econômica e ao afrouxamento das restrições impostas devido a Covid-19, aponta o Inter Research em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.

Segundo a corretora, embora a inadimplência deva seguir alta – pressionando os custos de PDD (provisão para devedores) e mantendo os recebíveis em níveis elevados -, haverá estabilidade na taxa de ocupação e vendas de cerca de 20% abaixo dos níveis pré-pandemia.

“Com base nessas premissas, esperamos um avanço marginal médio de 17% nas receitas das companhias em cobertura que, apesar de margens ainda pressionadas em relação à média histórica, devem apresentar melhora na sua eficiência operacional quando comparado ao primeiro trimestre”, aponta o analista Gustavo Caetano.

Veja a seguir os principais números das operadoras:

Multiplan segue a sua toada

Segundo Caetano, a Multiplan (MULT3) terá uma recuperação sólida nos seus principais indicadores operacionais.

O analista prevê alta de 450% nas vendas em mesmas lojas (SSS), bem como elevação de 422% nos aluguéis nas mesmas lojas (SSR) em relação ao segundo trimestre de 2020, sobretudo devido à fraca base de cálculo decorrente dos fechamentos ocorridos no ano passado.

“Comparado aos números pré-pandemia, o montante de vendas por m² ainda deverá ficar 16% abaixo ao segundo trimestre de 2019, enquanto no aluguéis a diferença deverá ser menor, em torno de 9%”, diz.

A receita vai disparar 210%, a R$ 273 milhões. Apesar da melhora, o número não será suficiente para reverter o prejuízo de R$ 18 milhões, segundo a corretora.

Iguatemi terá receitas robustas

Para a Iguatemi (IGTA3), o Inter projeta crescimento de 360% nas vendas nas mesmas lojas.

“Devido à sua política mais assídua na cobrança de aluguéis desde 2020, a companhia deve apresentar aluguéis nas mesmas lojas (SSR) de 150%”, argumenta.

Por outro lado, em outros indicadores operacionais a Iguatemi tende a apresentar resultados fracos, com taxa de ocupação próxima dos 90% e inadimplência ainda acima dos dois dígitos.

As despesas com provisão para devedores duvidosos continuarão elevadas, em linha com os outros trimestres.

Já a receita projetada é de R$ 174 milhões, alta de 23% no trimestre. Mesmo com uma pressão maior nas despesas financeiras, a Iguatemi deve fechar o segundo trimestre com FFO (fluxo de caixa proveniente) das operações de R$ 76 milhões e margem de 44%, destaca.

Estação Shopping Curitiba brMalls
Apesar de uma inadimplência próxima dos 15%, a companhia deve manter uma taxa de ocupação estável, em torno de 96%, calcula (Imagem: Wikiamedia Commons)

brMalls

Na visão do Inter, a brMalls (BRML3) terá números satisfatórios, com expansão de 350 % em vendas nas mesmas lojas (SSS), em paralelo aos aluguéis em mesmas lojas (SSR) de 182%.

Apesar de uma inadimplência próxima dos 15%, a companhia deve manter uma taxa de ocupação estável, em torno de 96%, calcula.

No fluxo de estacionamentos, a administradora terá recuperação mais forte neste trimestre, alcançando 80% dos níveis de 2019.

A corretora prevê receitas de R$ 251 milhões para companhia

Aliansce Sonae

A Aliansce Sonae (ALSO3) deverá ter indicadores operacionais mais fortes após primeiro trimestre fraco.

Enquanto as vendas nas mesmas lojas (SSS) atingirão patamar de 550% no ano, os aluguéis nas mesmas lojas (SSR) devem registrar um crescimento anual de 396%.

Além disso, a companhia terá uma leve melhora na inadimplência líquida, enquanto sua ocupação seguirá acima de 95% com um turnover acelerado, diz.

“Com isso, projetamos à administradora uma receita líquida de R$ 183 milhões, uma alta marginal de 17% sobre o primeiro trimestre. Seguindo o movimento dos pares, a companhia deverá apresentar melhora em eficiência e atingir uma margem Ebitda de 58%”, conclui.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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