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Não basta fugir do etanol, mas mudar para enfrentar a concorrência com a enxurrada de açúcar

24 out 2022, 14:57 - atualizado em 24 out 2022, 15:01
Usina Coaf/PE
Cooperativa pernambucana aumenta as apostas com mudança geral no ciclo da cana

O início de safra sucroalcooleira mais tardio no Nordeste, quando a do Centro-Sul entra no seu terço final, favoreceu a inversão do mix tradicional da Cooperativa Agroindustrial dos Fornecedores de Cana, a Usina Coaf. Uma boa dose de agilidade comercial também vai bem.

Fora o óbvio de produzir mais açúcar e fugir do etanol hidratado (produção quase zero), já depauperado desde agosto na desvantagem para a gasolina, a temporada iniciada em final de setembro vai avançar com novo formato de comercialização do adoçante. A mudança é planejada para o açúcar ganhar presença, já que todas as empresas vão produzir mais também.

A cooperada de Timbaúba, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, decidiu fornecer açúcar em sacos de 50 kg, aproveitando-se da demanda diferenciada, regionalmente, por essa embalagem do cristal. A marca é Água Azul.

Fora o cristal de 1 kg, com o selo Timbaúba – nome da usina falimentar que foi encampada pelos cooperados e que será rebatizado – e o fornecimento em bags e VHP para exportação, a nova medida já sai com algo como 8 mil toneladas diárias, ensacadas e enfardadas na Coaf com a modernização da unidade nos últimos anos.

Alexandre Lima, presidente da indústria, já havia acrescentado ao Money Times, em 11 de outubro, que o açúcar seria prioritário, depois que a equalização do ICMS dos combustíveis para todos os estados (18%) e o fim de impostos federais fizeram despencar os preços do derivado do petróleo, mais que os do hidratado.

E a tradicional cachaça ao modo engenho da Coaf também vai resultar muito maior, superando em litros até o etanol hidratado.

Enquanto o açúcar saltará para 54,5 mil toneladas, ante 17,1 mil/t, a aguardente local saíra em torno de 30 milhões de litros, até fevereiro (fim da safra 22/23), acima do dobro do ciclo anterior. Mais um pouco de biocombustível anidro está no planejamento, em cenário projetado para 900 mil toneladas de cana até o final.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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