Internacional

Netanyahu se declara inocente em retomada de julgamento por corrupção

08 fev 2021, 9:30 - atualizado em 08 fev 2021, 9:30
Benjamin Netanyahu
Netanyahu foi indiciado em 2019 em casos já antigos envolvendo presentes de amigos milionários e por supostamente buscar favores regulatórios para magnatas da mídia em troca de uma cobertura favorável (Imagem: REUTERS/Amir Cohen)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou-se inocente de acusações de corrupção na retomada de seu julgamento nesta segunda-feira, seis semanas antes de os eleitores voltarem às urnas para avaliar sua liderança.

“Confirmo a resposta por escrito entregue em meu nome”, disse Netanyahu diante de uma comissão de três juízes no Tribunal Distrital de Jerusalém fortemente protegido.

Ele se referia a um documento que seus advogados entregaram à corte no mês passado no qual argumentam que Netanyahu, de 71 anos, é inocente das acusações de suborno, quebra de confiança e fraude.

Usando uma máscara de proteção por causa do coronavírus, Netanyahu, o primeiro líder israelense julgado por um crime ainda no cargo, pareceu determinado a se mostrar imperturbável, agradecendo o tribunal e saindo sem dar declarações cerca de 20 minutos após o início da sessão.

Netanyahu foi indiciado em 2019 em casos já antigos envolvendo presentes de amigos milionários e por supostamente buscar favores regulatórios para magnatas da mídia em troca de uma cobertura favorável.

Ao entrar na sala do tribunal, Netanyahu se sentou em um canto com seus advogados. A sessão não foi transmitida, mas repórteres puderam acompanhá-la em um circuito fechado em outra parte do edifício.

Sua saída rápida pareceu calculada para mostrar ao público que ele não permitirá que o julgamento interfira com os negócios do governo agora que Israel começa a emergir de um lockdown de coronavírus de um mês.

Em maio, no início do julgamento, o premiê adotou um ar desafiador que oponentes repudiaram por verem como uma afronta ao Estado de Direito.

Desta vez, ele emitiu um apelo público para seus apoiadores manterem distância, citando os números altos de contágio da pandemia de coronavírus.

A maioria atendeu seu apelo, mas dezenas de oponentes, alguns empunhando cartazes que diziam “ministro do crime”, exigiam sua renúncia em um protesto realizado perto do edifício da corte.

Israel realizará sua quarta eleição parlamentar em dois anos em 23 de março, e a maneira como o premiê lida com a crise de saúde e sua suposta corrupção são os principais temas dos protestos semanais que ele enfrenta.

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