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No Brasil, 7 em cada 10 operações bancárias são feitas por canais digitais 

24 jul 2022, 12:00 - atualizado em 22 jul 2022, 10:34
Operações bancárias
As operações bancárias em caixas eletrônicos (ATMs) caíram 11% em 2021 (Imagem: Unsplash/Erik Mclean)

Cada vez mais, os canais digitais caem nas graças dos brasileiros para realizar movimentações financeiras, se consolidando como a principal plataforma de escolha dos clientes.

Uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com a Deloitte, aponta que sete em cada dez operações feitas no Brasil em 2021 (de 119,5 bilhões), foram realizadas pela internet e pelo celular.

Segundo o levantamento, o resultado foi impulsionado pelo crescimento de 28% nas operações com smartphones, que totalizaram 67,1 bilhões e representam 56% do total. As transações por internet banking aumentaram 6%.

No último ano, a movimentação financeira pelo celular teve crescimento de 75%, passando de 9,3 bilhões de transações para 16,3 bilhões de operações. A pesquisa também revela que as transações relacionadas a pagamentos cresceram 72% no mobile banking.

Isaac Sidney, presidente da Febraban acredita que os resultados refletem um novo perfil de cliente, que busca conveniência, comodidade, segurança e rapidez nos canais digitais dos bancos.

“Houve uma inequívoca mudança de comportamento dos consumidores nas atividades de diversos setores da economia, que deixam de ir à agência bancária, porque conseguem realizar a quase totalidade das transações nos meios eletrônicos”, diz.

Agências e outros canais

Reafirmando a ideia de que o cliente quer cada vez menos ter que lidar com agências bancárias, o levantamento mostra que apenas 3% das transações são feitas em agências.

No ano passado, foram 3 bilhões de operações, ante 3,2 bilhões em 2020.

Segundo a Febraban, o resultado reforça o “novo papel” do canal físico, sendo direcionado para oferta de outros serviços, dedicados à consultoria para contratações de investimentos, crédito, seguros, previdência complementar ou renegociação de dívida.

As operações em caixas eletrônicos (ATMs) caíram 11% em 2021, nos correspondentes bancários, houve queda de 8%. Por outro lado, as transações com POS (maquininhas de cartões) cresceram 10%.

Pix

O levantamento também trouxe dados sobre o uso do pix entre os brasileiros. Segundo a Febraban, entre março de 2021 e março deste ano, o número de usuários que pagaram mais de 30 Pixs por mês cresceu 809%.

A base geral de usuários cadastrados no sistema de pagamentos cresceu 72%. Já a base de usuários que receberam mais de 30 Pix por mês avançou 464%.

O levantamento mostrou que o ritmo de expansão de recebimento de mais de 30 Pix por mês em pessoas físicas é maior do que em pessoas jurídicas, sinalizando a oportunidade de expansão da ferramenta em comércios e serviços.

Contudo, a falta de agilidade e a falta de um sistema de recompensas representam barreiras para o sistema. Segundo uma outra pesquisa, feita pela consultoria Capco Brasil, a ferramenta ainda precisa passar por ajustes para atingir todo o seu potencial.

Seguros

A Febraban realizou por meio de um formulário eletrônico, entre abril e junho deste ano, a coleta de dados sobre seguros contratados nos bancos em 2021. Vinte e dois bancos responderam, representando 87% dos ativos da indústria bancária no país.

A pesquisa mostra que 57,5 milhões de seguros foram contratados na rede bancária, sendo 80% deles nos canais físicos (agências e postos de atendimento bancários), seguido por mobile banking, com 9%.

O estudo da instituição concluiu que os bancos estão apostando em inovação e personalização para a transição para o Open Insurance (expansão do sistema aberto para mercado de seguros), com 54% dos respondentes dizendo que focam na inovação de produtos e cobertura de novos riscos; 54% trabalham na personalização de canais e produtos; 46% utilizam mais analytics na tomada de decisões, entre outras respostas.

Segundo a pesquisa, os seguros mais renovados são o de Auto, Vida e Cartões.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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