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Nova máquina de mineração de ether é três vezes mais poderosa que outros hardwares

21 dez 2020, 14:44 - atualizado em 21 dez 2020, 14:59
Phoenix é capaz de processar 2,7 mil megahashes por segundo, três vezes mais do que outras máquinas do mercado (Imagem: YouTube/F2Pool)

F2Pool publicou uma resenha de uma nova máquina de mineração com chips ASICs (circuitos integrados de aplicação específica) com base no algoritmo Ethash, que mostra um aumento significativo de desempenho.

Em publicação no WeChat e em vídeo no YouTube no último sábado (19), o pool de mineração cripto deu detalhes sobre o teste de uma nova máquina com ASICs para o algoritmo Ethash chamada Phoenix, produzida pela emergente fabricante chinesa Linzhi, com sede em Shenzhen.

Estima-se que o hardware seja três vezes mais poderoso do que grande parte dos equipamentos de última geração atualmente disponíveis no mercado.

Porém, muitas perguntas surgiram sobre a possibilidade de a empresa tornar os produtos disponíveis para a venda em um momento em que a mineração de ether (ETH) está prestes a atingir um marco histórico importante.

Por que a dificuldade de mineração e a taxa de hashes
da rede Ethereum atingiram recordes?

A resenha da F2Pool mostra que a unidade do Phoenix, recebida e testada pelo pool, processou 2.733 megahashes por segundo (MH/s) de poder computacional com uma taxa de consumo de eletricidade de cerca de 3 mil watts por hora (W/h).

A10 Pro, outra máquina de mineração Ethash da empresa InnoSilicon, sediada em Wuhan, é considerado como o equipamento mais eficiente do mercado, apresentando 700 MH/s por poder computacional, com uma taxa de consumo de eletricidade de 1,3 mil W/h.

Atualmente, o preço de um lote de A10 Pro pode custar acima de 40 mil yuans, ou US$ 6.150.

Embora o teste tenha mostrado uma grande diferença de desempenho, Linzhi — fundada por Chen Min, ex-diretora de tecnologia da fabricante Canaan — ainda precisa fornecer detalhes importantes, como preço e um cronograma escalável de produção.

Por outro lado, o uso de memória descentralizada em seu design de ASICs — capaz de apresentar uma alta eficiência computacional — também não pode ser de custo-benefício.

Werner Almesberger, administrador do canal oficial do Linzhi no Telegram, afirmou que, recentemente, a empresa enviou algumas unidades amostrais para análise e acrescentou:

Ainda não temos uma produção em massa e nossa logística de venda já está sobrecarregada com o processamento das poucas unidades que estamos enviando agora.

F2Pool disse que o resultado do teste da unidade foi maior do que os 2,6 mil MH/s promovidos pela Linzhi. Ainda veremos se as máquinas, a um nível escalável de entrega, poderão manter estáveis tais resultados de desempenho.

Após a publicação do F2Pool, alguns membros participantes do canal do Telegram de Linzhi começaram a perguntar se a oferta de venda que eles viram de diversas fontes é legítima. Um representante da Linzhi disse: “se já as estamos vendendo, é uma novidade para mim”.

Memória de 4GB

A resenha do F2Pool também afirmou que a máquina Phoenix possui uma memória aleatório (RAM) de 4,4GB, ou seja, com essa especificação, o modelo Phoenix pode ser usado na mineração de ether por até um ano. O modelo A10 Pro da InnoSilicon, por outro lado, possui capacidade de memória de até 6G.

Exceto pelo poder de hashing, o tamanho da memória é um critério essencial para um equipamento — seja por meio de uma unidade de processamento gráfico (GPU) ou um chip ASIC — que possa minerar com o algoritmo Ethash.

Diferente da mineração de bitcoin, que só depende do poder de hashing de uma máquina, o algoritmo Ethash também exige que uma máquina interaja com arquivos de gráfico acíclico direcionado (DAG) em um blockchain Ethash para contribuir com a taxa de hashes.

Por exemplo, o tamanho dos arquivos DAG na Ethereum aumenta a cada 30 mil blocos e, agora, está em 3.984 GB.

Com base na estimativa do pool de mineração de ether Sparkpool, o tamanho dos arquivos DAG poderá chegar a 4GB no dia 30 de dezembro, quando equipamentos com uma memória menor do que 4GB não serão capazes de minerar ether, independente de seu poder computacional.

Já que Linzhi ainda precisa anunciar um cronograma de lançamento para seu modelo Phoenix, que já está em desenvolvimento há mais de dois anos, ainda veremos como a empresa planeja aumentar o tamanho da memória do equipamento para atingir um período de utilização maior.

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